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Dilma reduz contato com imprensa à metade em 2012

Maior parte das 100 entrevistas dadas após a chegada ao Planalto ocorreu em 2011

Veículos estrangeiros e programas populares da TV brasileira têm sido escolhidos como foco de falas exclusivas

Renato Rocha Miranda/Divulgação TV Globo
Ana Maria Braga vê a presidente preparar uma omelete
Ana Maria Braga vê a presidente preparar uma omelete
FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

Avessa a entrevistas, a presidente Dilma Rousseff falou menos com jornalistas no segundo ano de seu mandato.

Das 100 entrevistas que concedeu desde que tomou posse em 2011, 64 foram no primeiro ano e 36 em 2012.

Na hora de falar com exclusividade, a presidente tem priorizado veículos estrangeiros e programas de televisão do Brasil, em especial os de entretenimento.

A maior parte de todas as 22 entrevistas exclusivas concedidas por Dilma nos dois primeiros anos do mandato foi para a imprensa internacional (9) e para programas populares da TV brasileira (6), nos quais ela dificilmente é questionada sobre temas espinhosos.

Sem o traquejo para falar de improviso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, auxiliares acreditam que a fórmula tem funcionado para a imagem da presidente.

Diante dos bons índices de popularidade do governo, que se mantém com 62% de aprovação, a estratégia de comunicação deve ser mantida.

Lula também falou pouco com a imprensa nos primeiros anos de governo. Segundo balanço divulgado no Blog do Planalto, ele deu 1.004 entrevistas -quase 80% delas no segundo mandato.

Diferentemente de Dilma, Lula investiu na imprensa regional, responsável por mais de um terço das entrevistas exclusivas que concedeu.

'QUEBRA-QUEIXO'

Sempre que pode, Dilma evita o tumulto dos "quebra-queixos", jargão jornalístico que define as entrevistas coletivas em que repórteres se amontoam com microfones e gravadores apontados para o rosto dos entrevistados e disputam "no grito" a pergunta a ser respondida.

A presidente tem optado por falar nos discursos oficiais sobre temas do momento, como a redução da conta de luz. Também são comuns declarações em viagens internacionais, diante de um número menor de jornalistas.

Das 78 entrevistas coletivas que concedeu em dois anos, 27 foram no exterior.

Uma outra característica é o costume de, a depender da ocasião, retomar uma entrevista encerrada para acrescentar declarações. Foi assim em dezembro, quando, horas depois de ter sido questionada, voltou a se dirigir aos jornalistas para rechaçar a sugestão de demissão do ministro Guido Mantega (Fazenda), feita pela revista britânica "The Economist".

Nos programas de TV, Dilma mostra quase sempre uma faceta mais adocicada. Para o "Fantástico", da Globo, abriu as portas da casa oficial, o Palácio do Alvorada.

Diante das câmeras, fez uma omelete para Ana Maria Braga, do "Mais Você".

E, para a apresentadora Regina Casé, também na Globo, revelou que o neto Gabriel, 2, é quem lhe diz "não" com frequência.


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