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Em baixa, ministra e chefe da AGU ficam fora de reunião com Dilma
Ideli e Adams não foram chamados para encontro com presidente
No comando de duas pastas essenciais ao governo, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, encerraram o ano em baixa na cotação da presidente Dilma Rousseff.
Embora estivessem em Brasília, Ideli e Adams não foram chamados para a reunião convocada pela presidente para discutir vetos a MPs (medidas provisórias) aprovadas pelo Congresso.
A Folha apurou que os dois ignoravam previamente até a existência da reunião, realizada na noite do dia 27, com a presença de três assessores: a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e os secretários-executivos da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Beto Vasconcelos.
Dilma e equipe discutiram vetos a mudanças que o Congresso havia feito em MPs publicadas no dia 28.
A aprovação das MPs (de assuntos variados), agora convertidas em lei, foi fruto de acordo fechado por Ideli com o Congresso. Para isso, Ideli negociou e avalizou, junto à base aliada, diversas mudanças nos textos. Várias, porém, acabaram vetadas por Dilma antes de sua sanção.
A ministra não foi avisada sobre a reunião. Adams foi informado durante o encontro, ao receber um telefonema da presidente para consultá-lo sobre a constitucionalidade de mudanças aos textos.
Apesar de a ausência ser considerada sinal de desprestígio, pessoas próximas à presidente não a interpretam como um sinal certo de que eles deixarão seus cargos.
Adams foi abatido ao ter nome de seu braço direito na AGU, José Weber Holanda, implicado na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investiga uma quadrilha que atuava para obter pareceres de órgãos públicos.
Administrando com dificuldade a relação entre governo e Congresso, Ideli está mais desgastada.
