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Sem presença de líderes nacionais, PT faz 'vaquinha' para réus do mensalão

Jantar em galeteria teve ao menos 150 convites vendidos; entrada custou de R$ 100 a R$ 1.000

Reunião tem protesto solitário; organizadores não informam valor arrecadado para ajudar a pagar multa dos réus

DE BRASÍLIA

Sem a presença de líderes nacionais do PT, a primeira "vaquinha" feita por membros da sigla para pagar multas aplicadas a ex-dirigentes condenados no julgamento do mensalão foi recebida com um protesto solitário.

A advogada Marília Gabriela de Farias, 31, foi à galeteria em Brasília em que ocorreu o jantar de arrecadação de fundos para criticar a iniciativa.

"Querem ajudar seus amigos? Dividam com eles parte da pena restritiva de liberdade", dizia cartaz que ela afixou na porta do restaurante.

Ela não enfrentou resistência dos militantes, mas um deles retirou o papel assim que ela se afastou.

Organizado pela Juventude do PT do Distrito Federal, esse foi o primeiro ato realizado por integrantes da legenda para recolher dinheiro para pagar o total de R$ 1,8 milhão em multas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-ministro José Dirceu, aos deputados José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares.

Integrantes da Juventude do PT devem ir na semana que vem a Washington (EUA) entregar carta à Organização dos Estados Americanos na qual é pedida a revisão das penas do processo.

No jantar na galeteria, foram vendidos ao menos 150 convites, que variaram entre R$ 100 e R$ 1.000.

Segundo Pedro Henrichs, dirigente do PT local, a direção nacional orientou os organizadores a não informar a arrecadação. A verba vai ser depositada nos próximos dias na conta do PT nacional.

Até a conclusão desta edição, a deputada federal Erika Kokay (DF) foi a única congressista da sigla presente.

O jantar começou com um brinde a Dirceu. Nos discursos, os militantes não atacaram o STF e defenderam a história dos condenados e do PT.

Um dos mais inflamados, o petista Cícero Rola, da Central Única dos Trabalhadores, chamou Dirceu de "herói".

"Se precisar comprometer 100% da minha renda para pagar, vou pagar."

Também presente, Marthius Lobato, advogado do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, também condenado, afirmou que o processo não está encerrado e que "não houve desvio de recursos públicos".

Dirigente do PT local, Ademar Nogueira, chegou com uma camiseta com uma imagem de Dirceu e a frase: 'José Dirceu, estamos com você".


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