Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Presidente da OAB afirma lamentar nível da campanha
Disputa repetiu práticas da política partidária tradicional, diz Ophir Cavalcante
Com duas chapas pela 1ª vez em 15 anos, Furtado Coêlho e Alberto Machado disputam eleição hoje
Numa campanha que não ficou a dever à política partidária tradicional, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) escolhe hoje seu novo presidente entre o atual secretário-geral da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e o vice-presidente, Alberto de Paula Machado.
A disputa foi marcada pela ausência de um debate presencial entre eles, pela troca de acusações entre partidários de cada um e pelos relatos de supostas irregularidades sobre a trajetória de integrantes das duas chapas.
Tanto que o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, afirmou lamentar o nível da reta final da campanha -"que se vê na política partidária".
A votação de hoje marca a primeira disputa pela presidência da OAB nacional depois de uma década e meia.
Desde a inscrição de Coêlho -com o apoio de mais de 20 seccionais e sem São Paulo na diretoria-, houve muita ação nos bastidores.
Tanto a favor dele como da opção de lançar outra chapa. No limite para inscrições, Machado se lançou, com o paulista Guilherme Batochio como secretário-geral-adjunto. A advocacia de São Paulo corresponde a 40% da nacional.
Para Cavalcante, está claro que seu sucessor terá de enfrentar a mudança da forma de escolha do presidente da OAB. O assunto será tema de plebiscito na entidade.
Dos 750 mil advogados no país, votam hoje somente os 81 conselheiros federais.
Para Machado, há "fragilidade do processo eleitoral do ponto de vista da democracia. É lamentável, por exemplo, chegar ao dia da eleição sem um único debate". Coêlho disse que esteve à disposição, desde que esse tipo de encontro fosse organizado por um veículo de imprensa.
O presidente da OAB negou pender para Machado, apesar de essa informação circular entre os advogados.
