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Governo do Rio ignora controle de auditoria

Secretarias deixam de seguir recomendações de órgão do Estado responsável por evitar mau uso do dinheiro público

Levantamento mais recente da AGE diz que 59% das orientações foram totalmente deixadas de lado

ITALO NOGUEIRA DO RIO

O governo do Rio ignora a maior parte das recomendações e das regras criadas por seu próprio sistema de controle interno, de acordo com dados da Auditoria-Geral do Estado (AGE). O retrato consta de relatório do órgão.

Segundo o levantamento, além de não seguir as orientações, a maioria das secretarias estaduais não mantém a rotina de envio de relatórios obrigatórios para a AGE, responsável por evitar mau uso do dinheiro público.

Quando o fazem, os relatos contêm menos informações do que o necessário, sendo considerados, em sua maioria, de baixa qualidade.

O relatório de atividades da AGE mostra que apenas 16% das recomendações foram integralmente implementadas e que 59% foram totalmente ignoradas. O levantamento refere-se à situação, em 2011, das recomendações expedidas em 2010 pela auditoria, subordinada à Secretaria de Fazenda da administração Sérgio Cabral (PMDB).

Esse é o relatório mais recente disponível. O documento referente a 2012 será concluído em março ou abril. O levantamento não descreve que tipo de irregularidades foi apontado ou quais pastas atendem ou não aos pedidos.

A AGE afirma que as recomendações podem ter sido cumpridas ao longo de 2012. No relatório, o órgão afirma que o baixo atendimento "evidencia que a efetivação das recomendações ainda precisa ser aprimorada".

"O controle interno, tanto no setor público como no privado, é uma função de assessoramento ao gestor, não cabendo ao controle interno papel punitivo", diz a AGE, em nota. Para o órgão, o não atendimento incorre em "vulnerabilidade do gestor em relação à qualidade do processo".

O relatório do órgão referente a 2011 mostra ainda que apenas 27,7% dos órgãos estaduais enviam auditorias internas quadrimestrais à AGE, rotina determinada no Estado.

Do material encaminhado, somente 11% são considerados de boa qualidade.


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