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Análise

Em eleição de muitos rivais, PT mira em um só inimigo

NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Não se pode dizer que a cartilha do PT, germe do discurso de 2014 contra o que chama de "desastre" tucano, mire no alvo errado. O problema é que o partido deu a largada eleitoral parecendo focar num só inimigo, e não necessariamente no mais perigoso deles.

Matriz ideológica do propósito da reeleição de Dilma, o documento não traz antídoto para rivalizar com Eduardo Campos e Marina Silva, potenciais rivais não desprezíveis.

É natural o PSDB ser chamado ao ringue; ou, como disse o senador Aécio Neves, "o convidado de honra" da festa dos 10 anos do PT no poder. O problema é que essa narrativa ignora que a disputa pode fugir do tradicional "nós contra eles" e afunilar para algo como "nós contra nós mesmos".

Campos e Marina se desenvolveram na costela do lulismo, e o primeiro tende a lançar sua candidatura explorando a relação próxima com Lula. Se não pular para a canoa da oposição, o governador de Pernambuco virá tentando se mostrar como a verdadeira continuidade de Lula. Fará isso, porém, sem desprezar conquistas do período FHC.

Em abril, o PSB de Campos entrará no ar com sua própria "cartilha", um conjunto de inserções de TV que dará o tom do enredo eleitoral planejado para 2014. Não haverá artilharia pesada, pois o anúncio da candidatura, se houver, será só no começo do ano que vem.

Dilmistas esperam que o PT calibre o discurso para enfrentar qualquer rival e lamentam que o documento tenha focado mais nos 16 anos de Lula e FHC do que nos dois anos de Dilma. Afinal, conforme o plano de voo, a candidata é ela.


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