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Acusador de Chalita fazia ameaças, diz ex-executivo

Ex-funcionário do COC fez boletim de ocorrência contra o denunciante

Deputado é acusado de ter recebido propina de empresas educacionais quando foi secretário de Alckmin, mas nega caso

MARIO CESAR CARVALHO JOSÉ ERNESTO CREDENDIO DE SÃO PAULO

O executivo Nilton Curti, que fez parte do grupo COC e hoje está no SEB (Sistema Educacional Brasileiro), registrou boletim de ocorrência no último dia 5 em que diz ter sofrido ameaças do analista Roberto Leandro Grobman.

O analista acusa o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) de ter recebido propina de empresas educacionais, entre elas o grupo COC, do empresário Chaim Zaher, vendido em 2010 para o conglomerado Pearson. Curti trabalha para Zaher.

Ontem a Folha revelou que o Ministério Público instaurou 11 inquéritos para investigar Chalita por enriquecimento ilícito, corrupção e fraude em licitação a partir de quatro depoimentos de Grobman. O analista diz ter sido assessor de Chalita na época em que ele foi secretário de Educação do governador Geraldo Alckmin (2003-2007) e diz ter presenciado a distribuição de dinheiro.

Grobman afirma que Chalita pedia 25% do valor dos contratos e que Zaher gastou US$ 600 mil na reforma de seu apartamento, em 2005.

O boletim de ocorrência só foi registrado depois que Curti recebeu uma notificação do Ministério Público para depor. No registro, ele diz que Grobman ameaçou a SEB após a empresa romper dois contratos com o analista, em 2012. Segundo Curti, o analista dizia "que era bom mesmo a empresa ser boazinha com ele". Sempre segundo Curti, Grobman teria dito a ele: "Vou vazar tudo para a imprensa e vou acabar com a reputação de vocês".

Curti diz que tolerava as ameaças e "a personalidade descompensada de Grobman" por causa de "sua incomum capacidade técnica".

Chalita nega que Grobman tenha sido seu assessor e diz que as acusações fazem parte de um jogo cujo objetivo seria atingir sua imagem.


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