Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Brasilianista buscará arquivos da ditadura brasileira nos EUA

Pesquisador norte-americano James Green firmou parceria com Comissão da Verdade

PATRÍCIA BRITTO DE SÃO PAULO

Documentos armazenados nos Estados Unidos que contenham informações sobre a ditadura militar brasileira serão usados para contribuir com as pesquisas da Comissão Nacional da Verdade.

O trabalho será coordenados pelo brasilianista James Green, professor de estudos brasileiros da Universidade Brown, em Providence, Rhode Island (EUA), que firmou parceria com a Comissão da Verdade. A primeira etapa está prevista para ocorrer de junho a agosto de 2013.

O foco de Green serão telegramas, memorandos e relatórios escritos por diplomatas norte-americanos que viviam no Brasil e enviavam para Washington informações sobre a política brasileira durante a ditadura (1964-1985).

A maior parte desses documentos são originários do Departamento de Estado dos EUA e estão sob a guarda do National Archives and Records Administration, o Arquivo Nacional norte-americano.

"Se o adido cultural em São Paulo tivesse um jantar na casa de alguém, por exemplo, depois ele escrevia um relato sobre o que foi comentado e o enviava para a Washington", explica Green.

Dentre os casos que serão pesquisados, estão alguns já conhecidos, como atentado no Riocentro, em 1981, mas também fatos menos divulgados, como o do ex-pastor metodista norte-americano Fred Morris, preso e torturado em 1974, em Pernambuco, antes de ser expulso do Brasil.

Os documentos poderão indicar novas frentes de investigação, mas o professor Green não acredita que eles tragam revelações de impacto. "Não vamos encontrar bombas, serão coisas muito sutis", disse.

Em outra parceria, esta com o professor Sidnei Munhoz, da Universidade Estadual de Maringá, os documentos serão digitalizados e disponibilizados na internet.

"A diplomacia americana sempre acompanhou tudo o que acontece em qualquer país com os quais os EUA têm uma relação ou algum interesse. E isso é tudo muito detalhado", disse Munhoz.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página