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Questionado, deputado diz em sessão que 'injustiça dói'
Chalita foi eleito para comissão da Câmara
O deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) assumiu ontem a presidência da Comissão de Educação da Câmara se defendendo das acusações contra ele investigadas pelo Ministério Público Estadual e dizendo que a "injustiça dói".
O ex-secretário foi eleito com 24 votos (foram dois em branco) e aplaudido no final.
Na sessão de ontem no colegiado, apenas a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) cobrou do deputado uma resposta às acusações.
"Queria encarecidamente como cidadã e deputada que você nos desse uma boa notícia e uma informação porque todo mundo tem lido o que tem acontecido", disse.
O peemedebista se defendeu em tom de desabafo e disse que era vítima de movimento político originado nas eleições de 2012.
"A injustiça dói. Eu sempre fui professor de ética e quando ensinava Aristóteles dizia isso. Nada é mais doloroso que a injustiças", afirmou.
"Esse denunciante [Roberto Grobman, que diz ter sido assessor dele e depôs na Promotoria] já deu dez versões diferentes sobre a história."
Para Chalita, o acusador tenta "folclorizar" sua imagem. "Claro que há alguém por trás. Há grupos políticos por trás", afirmou.
Os integrantes das comissões permanentes da Câmara têm a função, entre outras, de realizar audiências públicas, convocar ministros para dar informações sobre planos de governo, acompanhar programas específicos da área e até acompanhar e fiscalizar a execução orçamentária.
PROCURADOR-GERAL
Como é deputado, Chalita tem foro privilegiado e a parte criminal da denúncia precisa ser investigada pelo Ministério Público Federal.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou ontem que começou a analisar esse material.
Sem dar detalhes, indicou que pode descartar parte das acusações. "A princípio penso que possa haver algo a ser eliminado", afirmou.
Após analisar os dados, Gurgel vai decidir se pede abertura de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal).