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Assembleias seguem Congresso e acabam com 14º e 15º salários

Ao fim de cada ano, deputados estaduais não podem receber mais do que 75% do valor pago aos federais

A economia nos 12 Estados que prometem deixar de bancar esse benefício deve chegar a R$ 16,1 milhões ao ano

CAROLINA DE ANDRADE ANDRÉ CARAMANTE DE SÃO PAULO

As 12 Assembleias Legislativas do país que bancam 14º e 15º salários aos seus deputados prometem acabar com o benefício, na mesma linha da iniciativa do Congresso Nacional, que extinguiu essa regalia aos 594 parlamentares na semana passada.

A economia nesses Estados, caso deixem de pagar o benefício, será de R$ 16,1 milhões ao ano. Com os R$ 31 milhões poupados pelo Congresso, onde atuam 513 deputados e 81 senadores, os cofres públicos devem poupar até R$ 47,1 milhões ao ano.

A maior parte das Assembleias que pagam 14º e 15º salários diz que seguirá o Congresso para cumprir a Constituição: ao fim de cada ano, deputados estaduais não podem receber mais do que 75% do valor pago aos federais.

Logo depois da decisão do Congresso, as Assembleias do Ceará, da Bahia, de Mato Grosso do Sul e da Paraíba anunciaram o fim da regalia.

Na Paraíba não haverá pagamento em nenhum ano. Bahia, Ceará e Mato Grosso do Sul farão como o Congresso e deixarão de pagar a regalia apenas no segundo e no terceiro ano do mandato.

Também prometem acabar com a regalia -mas ainda não formalizaram a medida- Acre, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Tocantins. Em São Paulo, o benefício foi suspenso em 2011, por decisão judicial. No Rio, foi extinto em fevereiro.

"Isso aí não tem muita preocupação porque é uma ação que só terá efeito para dezembro, quando o 14º e o 15º salários seriam pagos. Vamos fazer imediatamente até para poder ficar no contexto nacional", disse o presidente da Assembleia do Maranhão, deputado Arnaldo Melo (PMDB).

Em Pernambuco, o projeto de extinção do benefício foi apresentado nesta semana pela Assembleia na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Estado.

Em 2011 a OAB-PE já havia ingressado com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contestando a legalidade do benefício.

Para Cláudio Gonçalves Couto, cientista político da FGV-SP, acabar com os 14º e 15º salários dos deputados é positivo, mas exige que a sociedade e a mídia fiscalizem os parlamentares para que a regalia não volte a ser paga.

"É positivo, mas aconteceu simplesmente o óbvio. Era um absurdo políticos receberem esses salários extras, uma remuneração que não se justifica", disse. "É necessário vigiar para que esses pagamentos não voltem, e isso é papel da sociedade e da mídia"

BAHIA

A Assembleia da Bahia promulgou o fim do pagamento ontem. A medida visou "seguir o exemplo de austeridade" dado pelo Congresso, diz o presidente da Assembleia baiana, Marcelo Nilo (PDT).

A aprovação foi unânime na terça. Nenhum dos 63 deputados, porém, citou eventual devolução dos R$ 20.042 pagos neste ano. Os benefícios continuarão a ser pagos no início e no fim do mandato.

Na votação, alguns deputados baianos atacaram quem critica os supostos privilégios dos políticos.


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