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Tucano planeja abafar tensão com promotores

Samuel Moreira deve se eleger presidente da Assembleia Legislativa de SP nesta sexta

DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

Favorito para assumir a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta-feira, o deputado Samuel Moreira (PSDB) disse a aliados que pretende pacificar as relações do Legislativo com o Ministério Público.

Segundo pessoas próximas ao tucano, ele deverá abafar o projeto que prevê a restrição do poder de investigação de promotores sobre prefeitos, deputados e secretários estaduais. A matéria, proposta por Campos Machado (PTB) é hoje um ponto de tensão entre a Promotoria e a Casa.

A eleição de Moreira é dada como certa tanto na Assembleia quando no Palácio dos Bandeirantes, que articulou com os partidos aliados do governador Geraldo Alckmin a escolha do tucano.

Ele chegará ao principal posto do Legislativo estadual com a missão de diluir a influência de três parlamentares que, nos últimos quatro anos, centralizaram o poder de fogo na Casa: o atual presidente Barros Munhoz (PSDB), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e Campos Machado, presidente do PTB.

Juntos, Munhoz, Falcão e Machado comandaram articulações que trouxeram embaraços para Alckmin no começo deste mandato. Foram eles que tentaram impor uma derrota ao governador na indicação de conselheiros para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), em março de 2012.

No auge da crise entre o governo e a Assembleia, a bancada do PSDB rachou entre o apoio ao governador e a articulação do "triunvirato". Moreira, então líder do governo, chegou a ter uma discussão ríspida com Munhoz, a quem acusou de patrocinar um "golpe" contra o governador.

Natural de Governador Valadares (MG), Moreira, 50, iniciou sua carreira em Registro, cidade da qual foi prefeito duas vezes. Foi alçado à política na capital por José Serra (PSDB), que, quando prefeito de São Paulo, o nomeou subprefeito de São Miguel Paulista. Como deputado, aproximou-se de Alckmin.

De perfil discreto, Moreira evita alimentar rusgas públicas. Ele tem pedido aos colegas sugestões de "medidas moralizadoras" para melhorar a imagem da Assembleia.


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