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Na posse dos novos ministros, Dilma defende a coalizão

Presidente falou ontem em 'fortalecer nessa diversidade as forças que sustentam o governo'

Discurso foi feito após onda de críticas de que ela estaria loteando a administração por interesses eleitorais

DIMMI AMORA ANDREZA MATAIS DE BRASÍLIA

Acusada pela oposição de estar loteando o governo por interesse exclusivamente eleitoral, a presidente Dilma Rousseff deu posse a três novos ministros ontem enfatizando em seu discurso a necessidade de manter a coalizão de partidos da base.

"Temos que fortalecer nessa diversidade as forças que sustentam um governo de coalizão", disse ela. "Muitas vezes, algumas pessoas acreditam que a coalizão é algo do ponto de vista político incorreto. Eu queria fazer uma reflexão com os senhores. Estamos assistindo em alguns lugares a processos de deterioração da governabilidade justamente pela incapacidade de construir coalizões."

Citando nominalmente a Itália e os EUA, ela afirmou: "A capacidade de estruturar coalizões é crucial para o país. Principalmente um país com essa diversidade".

A presidente disse ainda que pretende valorizar os aliados: "Numa coalizão você tem que valorizar as pessoas que contigo estão. Esses parceiros da luta". Nesse instante, passou a ser aplaudida.

Dilma agradeceu aos ministros que saíram, principalmente a Mendes Ribeiro (Agricultura), a quem chamou de Mendezinho. Ela lhe recomendou cuidar da saúde. "Cuide da sua recuperação. Quero voltar a contar contigo."

O ministro está se tratando de um câncer. Ele chorou no momento em que foi citado e foi muito aplaudido. O PMDB tentou até o último momento levar Ribeiro para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, que está vaga com a saída do ministro Moreira Franco para a Secretaria de Aviação Civil.

As posses ocorreram no sábado porque a presidente viaja hoje para Roma para a cerimônia de coroação do papa Francisco, na terça-feira.

CAMPOS

As declarações do governador Eduardo Campos (PSB-PE), que disse que "dá para fazer muito mais", repercutiram durante a posse. O senador Eunício Oliveira, líder do PMDB, afirmou que "sempre é possível fazer mais; e ela vai fazer". O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, disse que o PMDB é um partido que honra seus compromissos. Segundo ele, o PMDB se sente representado no novo arranjo.

O novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse que Dilma "conhece muito bem o país e sabe o que tem que fazer". A Folha apurou que o PSDB ofereceu ao PMDB de Minas, de onde Andrade é originário, duas secretarias no governo Anastasia. "Evidentemente que o ministério vem ajudar a consolidar uma posição em Minas. Fortalece a união PT-PMDB."

Já o novo ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que representa o PDT, não só um grupo. Sua missão é apaziguar o partido, dividido entre os grupos dos agora dois ex-ministros: Carlos Lupi e Brizola Neto.


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