Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Apaes enfrentam crise financeira na região

Unidades de Ribeirão Preto, Taquaritinga e Guará têm situação mais crítica, com dívidas de até R$ 600 mil

Como resultado, entidades tiveram problemas como greve de funcionários e até intervenção judicial

GUSTAVO STIVALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Três unidades da Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais), uma em Ribeirão Preto e outras duas em cidades da região, passam por dificuldades financeiras provocadas por problemas administrativos ou falta de verbas.

Segundo a Feapaes (Federação das Apaes do Estado de São Paulo), estão em crise as unidades de Taquaritinga, Ribeirão Preto e Guará.

A Apae de Taquaritinga é a que passa pela situação mais crítica. A unidade, que faz 196 atendimentos diários, estima ter uma dívida de R$ 600 mil e há quatro meses não consegue recursos para pagar seus 23 funcionários.

O presidente da instituição, Oswaldo Velocci, afirmou que o déficit foi acumulado pela diretoria anterior, dissolvida em setembro do ano passado após denúncias de irregularidades administrativas e maus tratos contra pessoas atendidas.

O processo que investiga as irregularidades corre em segredo de Justiça. A Folha procurou Antônio Dante Buscardi, ex-presidente da Apae, mas ele não foi encontrado.

Segundo Daniele Restami, diretora da Apae de Taquaritinga, eventos beneficentes para arrecadar dinheiro e pagar a dívida são planejados.

A mesma estratégia será adotada pela Apae de Ribeirão, que fará um leilão beneficente em 13 de abril. Em 2012, a entidade teve duas greves de profissionais após atraso nos salários.

O presidente da instituição, Adalberto Grifo, diz que a entidade tem, em média, déficit mensal de R$ 150 mil.

Segundo Luiz Barrueso, administrador geral da Apae de Ribeirão, um dos motivos para a situação financeira ruim da entidade é a falta de doações da população. "Problemas administrativos são recorrentes em entidades do terceiro setor, que vivem de convênios e doações", disse. Questionado, Barrueso não informou o valor da dívida.

Em Guará, a Apae está sob intervenção judicial desde 2010. Na época, apenas o passivo trabalhista atingia R$ 238 mil. O imbróglio resultou no afastamento da antiga diretoria da unidade.

CONVÊNIOS

Para o presidente da Feapaes do Estado, Marco Ubiali, além da má administração, as finanças de algumas Apaes ficam no vermelho porque há defasagem nos valores repassados em convênios firmados com órgãos públicos. "Além disso, algumas entidades têm dificuldades para firmar convênios."

A Secretaria de Estado da Educação informou, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, que repassa R$ 3,2 milhões em convênios firmados com oito unidades instaladas na região de Ribeirão Preto.

A secretaria não informou se o valor é suficiente para atender a demanda de pacientes da instituição.

Também por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que tem convênio com nove Apaes da região. O valor repassado às unidades não foi informado.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página