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Ataques a caixas eletrônicos crescem em cidades menores

Dos 11 municípios que registraram casos neste ano, 8 têm menos de 40 mil habitantes

Polícia afirma que faz mapeamento diário dos roubos e que há várias quadrilhas agindo na região de Ribeirão Preto

MARCELO TOLEDO EDITOR-ASSISTENTE DA "FOLHA RIBEIRÃO"

Cidade pequena, com pouco movimento nas ruas durante a madrugada, baixo efetivo policial, dinamites e uma rápida ação.

Essa combinação é apontada pela própria polícia como responsável pelo crescimento no número de explosões de caixas eletrônicos na região de Ribeirão em 2013.

Desde janeiro, foram ao menos 11 explosões em 11 cidades diferentes --8 das quais com menos de 40 mil habitantes. Em todo o ano de 2012, foram 21 ocorrências.

A mais recente ação foi registrada na madrugada de terça-feira, em Ribeirão Preto. A quadrilha usou uma bomba caseira para explodir caixas de uma agência bancária do Bradesco.

Um dia antes, em Sertãozinho, a explosão ocorreu dentro da usina Santo Antônio.

Outros quatro casos ocorreram neste mês, em Araraquara (no campus da Unesp), Jardinópolis, Barrinha e Dobrada --os três últimos com menos de 40 mil habitantes.

Em Jardinópolis, os ladrões despistaram a polícia ao fazer um falso chamado de ocorrência no distrito de Jurucê. Já em Dobrada, uma quadrilha explodiu três caixas e, na fuga, atirou numa casa. Em seguida, abandonou os carros usados no crime em uma vicinal.

O avanço da criminalidade é creditado por João Osinski Júnior, diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), à facilidade encontrada pelas quadrilhas para agir nas pequenas cidades.

"O tempo de resposta é menor. O efetivo policial é menor e a população demora mais para agir, além de as rotas de fuga serem mais fáceis."

MAIS DE UMA QUADRILHA

Osinski Júnior afirma ainda que o setor de inteligência da polícia faz diariamente o cruzamento de dados de roubos desse tipo no Estado e que as ações não são praticadas por uma só quadrilha.

"Umas explodem o caixa sem estragar nada ao redor, são as especializadas. Outras, que ainda estão aprendendo, explodem tudo por perto", diz o delegado.

Para a PM, no entanto, é necessária a adoção de medidas preventivas, como portas de aço, alarmes e monitoramento por câmeras.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informou, por meio de sua assessoria, que tem acompanhado com "extrema preocupação" os ataques a caixas no país.

"Os criminosos estão cada vez mais audaciosos, e os ataques se espalharam nos últimos três anos para outros setores", diz nota da entidade.

Ainda de acordo com a Febraban, somente em 2011 os bancos investiram R$ 8,3 bilhões em segurança física.


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