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Entrevistas 'Folha Ribeirão' - Baleia Rossi

'PMDB vai ter candidato em Ribeirão em 2016'

Presidente da sigla em SP, deputado diz que alta do IPTU e cassação geraram instabilidade

LUÍS EBLAK EDITOR DA "FOLHA RIBEIRÃO" JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

O presidente do PMDB no Estado de São Paulo, deputado estadual Baleia Rossi, disse que o partido tem a intenção de lançar candidato a prefeito de Ribeirão Preto nas próximas eleições, em 2016.

Mesmo ressaltando que é cedo para pensar no próximo pleito municipal, disse em entrevista à Folha que a ideia do partido é ter um nome para a disputa, o que não ocorre desde 2004, quando ele próprio chegou ao segundo turno --e foi derrotado pelo hoje também deputado Welson Gasparini (PSDB).

"Depois de duas eleições indicando o vice, a pretensão é lançar candidato a prefeito." Ele nega ser postulante ao cargo e afirma que será candidato a deputado federal em 2014.

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Folha "" Como o sr. avalia o desempenho do PMDB nas últimas eleições?

Baleia Rossi "" Tivemos um crescimento positivo. Mantivemos ou conquistamos cidades importantes como Bauru, Araraquara, Guarujá, Rio Claro, Indaiatuba, e São Caetano do Sul. Fizemos um trabalho de, primeiro, valorizar as lideranças tradicionais. Mas também tivemos atitude de abrir para novas lideranças. Conseguimos num curto espaço sair de 52 vice-prefeitos na eleição anterior [2008] para 80 no ano passado no Estado. De 69 prefeitos em 2008, pulamos para 90 em 2012. Temos ainda 700 vereadores. O partido se consolidou como a terceira força.

E qual o cenário para as próximas eleições?

O partido tem de ter um candidato a governador para apresentar uma proposta do PMDB para São Paulo.

Quais os nomes do partido que podem concorrer?

Temos vários nomes de expressão, mas quem já se colocou como pré-candidato foi Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Nas próximas eleições o senhor será candidato a deputado federal?

Sim. Já estou trabalhando internamente no partido e o pessoal tem feito apelos para que eu saia a federal. Minha pretensão é essa.

Quais foram as bases do acordo PMDB-Dárcy?

Não tivemos nenhuma mudança na composição da outra eleição para essa. O PMDB manteve a parceria, manteve o vice, o que foi extremamente importante para mostrar a união.

O PMDB terá candidato na próxima eleição municipal?

Claro que, depois de duas eleições indicando o vice, a pretensão do partido é lançar candidato a prefeito. É que está muito cedo para você pensar em eleição municipal, mas a ideia do partido é essa.

O senhor seria uma opção?

Não.

E o vice-prefeito, Marinho Sampaio?

É um nome importante do partido. Seria até um candidato natural, mas depende de muitas coisas.

Como está a relação com a prefeita? Antes mesmo da cassação, alguns nomes do PMDB fizeram críticas públicas ao governo dela.

A relação institucional é tranquila, porque o PMDB em nenhum momento quis negociar com aumento de espaço no governo. Não teve nenhum pleito nesse sentido nem os vereadores nunca quiseram exigir um espaço maior.

Agora, tivemos um episódio muito marcante que foi a posição do Samuel Zanferdini e do Leo Oliveira [vereadores] contra o aumento do IPTU. Esse fato acabou criando um mal-estar. Porém, foi uma questão muito pontual. Se você pegar os quatro anos de governo, nós tivemos só esse problema.

O Zanferdini tem batido na tecla do Daerp, fazendo críticas ao órgão. O presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), está muito crítico à saúde...

Mas aí são questões não partidárias. São questões do exercício do mandato.

Mas essas críticas não eram feitas antes.

Mas a questão partidária está tranquila, e entendemos. E aí é um pouco a maneira com que a gente exerce a liderança. A gente não tem aquela perseguição. Temos de deixar as coisas se acomodarem. Se o Cícero tem uma questão que é importante para o mandato dele, e que ele tem essa percepção na saúde, não vai ser o partido que vai convencê-lo do contrário. É uma questão de conversa com o Executivo. E acho que agora as coisas estão caminhando. Acho que essas últimas questões que ocorreram recentemente acabam atrapalhando a cidade, prejudicando.

E que questões são essas?

A cassação foi um ponto que, para Ribeirão Preto, com certeza não foi positiva. Causa uma instabilidade política. E essa instabilidade acaba refletindo no todo, porque acho que isso também fragilizou um pouco essa relação com a Câmara. Foi uma novidade, cujo efeito final não foi positivo para a cidade.

O episódio do IPTU causou um desgaste com a Câmara e com a população.

O IPTU foi mais uma questão de relação prefeitura e Câmara. Foi um diálogo muito difícil. Teve toda uma comoção. Aí você tem essa discussão, vem a cassação, acaba criando um clima de instabilidade, que não é bom para a cidade.

Que nota o senhor dá para os cem primeiros dias de governo do segundo mandato da prefeita Dárcy Vera?

Eu acho que ela teve no começo deste mandato um dos melhores momentos de atuação. Foi para Brasília e conseguiu incluir Ribeirão Preto num plano de R$ 350 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Serão obras para preparar a cidade para o futuro. Tivemos recentemente a presença do governador Geraldo Alckmin que anunciou o trevão [obras na interligação das rodovias Anhanguera, Abrão Assed, Antônio Machado Sant'Anna e Castelo Branco, na zona leste]. É uma grande obra, a maior [viária] do Estado de São Paulo. Isso também foi muito positivo.

A prefeita cometeu um erro ao usar servidores na campanha eleitoral, que resultou na ação de cassação do mandato dela e do vice, Marinho Sampaio?

Eu acompanhei a eleição em Ribeirão. Aqui não vi essa presença [de funcionários em campanha]. Durante o expediente, com absoluta certeza, não. E agora, fora do expediente, finais de semana...

Pode?

Eu acho natural que alguém que ocupe um cargo de confiança expresse sua opinião política fora do horário de trabalho.

A Promotoria diz que o servidor não pode fazer campanha nem estando de folga.

Eu não quero emitir opinião sobre decisão da Justiça, porque decisão a gente cumpre. Mas quem é o detentor de mandato que se manteria no cargo nas três esferas, municipal, estadual e federal [sem algum tipo de apoio]?


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