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Mudança no Plano Diretor prevê imóveis mais altos em Araraquara

Proposta para corredores urbanos, alteração na altura dos prédios é um dos pontos em debate

Documento também pretende diminuir deslocamentos de moradores entre os bairros e o centro

LEANDRO MARTINS DE RIBEIRÃO PRETO

Araraquara deverá ter edifícios mais altos em vários corredores da cidade. Essa é uma das alterações previstas na revisão do Plano Diretor do Município, que pode ser aprovada neste semestre.

O projeto, que entrou na fase final de conclusão no Executivo, deve ser enviado à Câmara nesta semana. Hoje, haverá mais uma audiência para debater o documento.

Uma das mudanças mais significativas no Plano Diretor é justamente a que estabelece normas para a construção de imóveis na cidade.

De acordo com a secretária do Desenvolvimento Urbano de Araraquara, Alessandra de Lima, não se trata de liberar a construção de prédios altos, já que atualmente a legislação já prevê esse tipo de imóvel, mas, sim, de flexibilizar a instalação desses edifícios de maior porte.

As mudanças atingem boa parte das principais vias da cidade que possuem mais fluxo, os chamados corredores.

Um dos exemplos é a rua Bento de Abreu, onde atualmente imóveis comerciais só podem ocupar até 50% dos terrenos. O índice passará para 80% se a lei for aprovada.

Na mesma rua, o chamado índice básico, que limita o tamanho da construção em relação ao total da área disponível, vai passar de 1 para 2. Na prática, isso significa que a via poderá abrigar imóveis com até o dobro de construção (veja quadro nesta página).

Em outras vias importantes, como Castro Alves, Manoel de Abreu, Sete de Setembro e Dom Pedro, a flexibilização para prédios mais altos será ainda maior.

As vias que vão passar por esse processo de verticalização e adensamento urbano já têm infraestrutura suficiente para isso, como pistas duplas, segundo a secretária.

PLANO PARA OS BAIRROS

A revisão também vai definir o uso de regiões distintas --se as áreas são destinadas a residências, comércios ou indústrias. Há casos em que a ocupação será mista.

"Com isso, a gente consegue fomentar nos bairros a diversidade de atividades e também de ocupação, permitindo menores deslocamentos para a população usufruir melhor de todos os serviços", afirma a secretária.

A vereadora Edna Martins (PV), que na Câmara preside a comissão de desenvolvimento, diz que só será possível se aprofundar mais nas alterações depois que o projeto começar a ser avaliado.

Sobre a liberalização dos edifícios, ela afirma que ainda há dúvidas. "Em algumas áreas, é natural que isso [verticalização] ocorra, mas me parece que em outras ainda há alguns questionamentos."

Outro ponto que faz parte da atual revisão do Plano Diretor é a previsão de crescimento urbano nas regiões norte (rumo a Bueno de Andrada) e sudoeste (em direção a Gavião Peixoto).

O atual Plano Diretor é de 2005 e já previa uma revisão após cinco anos. O processo que agora está em fase de conclusão começou em 2010.

Outra cidade da região que está revisando o Plano Diretor é Ribeirão Preto, que também realiza uma audiência pública hoje, às 18h.


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