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Greve atinge 30 das 66 escolas, diz sindicato
Governo, porém, afirma que houve só 1,9% a mais de 'faltas' de professores em Ribeirão
A greve dos professores das escolas estaduais, que entrou no segundo dia ontem, paralisou ao menos parcialmente 30 das 66 escolas de Ribeirão, segundo estimativa da Apeoesp (sindicato dos docentes).
A Secretaria de Estado da Educação, porém, contesta haver greve na cidade, e afirma que houve apenas 1,9% a mais de "faltas" dos professores do que o normal --a pasta evita usar o termo grevistas.
Das 40 escolas ouvidas pela Folha, 13 confirmaram paralisação parcial ou total.
Com o anúncio da paralisação, houve estudantes que desistiram de ir às aulas. Na escola Guimarães Rosa, só cerca de 40 dos 400 alunos compareceram, dizem funcionários.
Em algumas escolas a ausência foi substituída por professores temporários, mas havia salas com apenas cinco ou seis estudantes, ainda segundo os servidores.
Os professores reivindicam alta de 36,74% no salário, além de 13,4% de perdas da inflação do ano passado.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que as abstenções de docentes cresceram pouco e que o andamento das aulas e o calendário "permanecem inalterados" no Estado.
A secretaria diz ainda que há 55 mil temporários no Estado "para suprir ausências pontuais" dos titulares.
Na semana passada, afirma, foi encaminhado projeto para conceder novo aumento de 8,1% aos profissionais.
A pasta também elabora um plano de carreira para o magistério.
