Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Aliados de Dárcy cogitam CPI para apurar 'caos' na saúde

Governistas fizeram visitas 'surpresas' a duas UBDS e à UPA de Ribeirão

Críticas à área são feitas pelo presidente da Câmara e até pelo líder do governo no Legislativo local

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Na mesma semana em que a prefeita Dárcy Vera (PSD) tem cobrado soluções do governo do Estado para a saúde em Ribeirão Preto, cinco vereadores aliados já falam em criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar problemas em postos municipais.

O presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), voltou inclusive a chamar de "caos" a situação da saúde municipal. "Está um caos total [a saúde]. A demora é grave. Chega a 12 horas. Só na UPA [Unidade de Pronto-Atendimento] atenderam 600 pessoas por causa da dengue. Estamos esperando a prefeita chegar para nos reunirmos", disse.

Na última terça-feira à noite, ele e outros quatro vereadores --todos governistas-- fizeram uma "visita surpresa" em unidades de saúde. No grupo está até o líder do governo, Capela Novas (PPS). Ele acompanhou os colegas Maurilio Romano Machado, Rodrigo Simões (ambos do PP) e Walter Gomes (PR).

Os vereadores afirmaram que não gostaram do que viram entre terça-feira à noite e anteontem de madrugada. Eles estiveram nas UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde) Central e Cuiabá, e na UPA.

Por isso, Cícero falou ontem à Folha em criar a CPI.

"Providências precisam ser tomadas agora, imediatamente. Tinha uma criança com pneumonia [no Cuiabá] que esperava 12 horas por atendimento", disse Simões.

Para Gomes, há problema na gestão dos profissionais da saúde. "Tem médico atendendo cinco minutos cada paciente, quando o ideal são 15. Falta gestão eficiente."

O líder do governo na Câmara classificou como "assustador" o volume de pessoas sem atendimento adequado na UBDS Cuiabá.

Em nota, a prefeitura informou que não recebeu nenhuma manifestação oficial dos vereadores e que o secretário da Saúde, Stenio Miranda, não poderia dar entrevista porque estava em São Paulo.

Em entrevista à Folha no início deste mês, ele havia dito que as críticas dos vereadores são bem-vindas, mas discordou que haja caos.

"Não vejo que a situação esteja caótica. Caos são pessoas morrendo sem atendimento e não têm para onde ir. E não há nada disso aqui."

BRIGA COM O ESTADO

Dárcy comanda um grupo de prefeitos da região que tem cobrado o governo do Estado para resolver um impasse com o Hospital das Clínicas. O HC anunciou neste mês que reduziria os atendimentos simples.

Ela vai discutir o assunto com o secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Ceni, no próximo dia 3.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página