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Ribeirão

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Dengue deixa Franca em estado de alerta

Com clima ameno e histórico de poucos casos, cidade soma 128 registros, 4.167% a mais do que em todo o ano passado

Na região de Ribeirão, há 11 municípios com epidemia da doença; no Estado de SP, 24 estão na mesma situação

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

Com histórico de poucos casos de dengue --devido principalmente às temperaturas mais amenas em relação às outras cidades da região--, Franca entrou em estado de alerta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

São 128 casos confirmados até o último dia 3 de maio. O número é 4.167% maior do que em todo o ano passado, quando houve apenas três registros no município.

De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, José Conrado Dias Neto, toda a cidade está infestada pelo mosquito, mas os bairros Aeroporto, Jardim Palestina e Vila São Sebastião são os mais atingidos. "O número é preocupante para a cidade que carrega um histórico de poucos casos por causa do clima frio."

Nos últimos sete anos, houve epidemia em 2011, quando a cidade teve 895 registros. Esta é a segunda vez que o município acumula alto número de confirmações da doença.

Segundo Carlos Magno Fortaleza, infectologista e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu, o fator climático de cada cidade contribui para a proliferação ou não do mosquito da dengue.

"O tempo frio diminui a dinâmica reprodutiva do mosquito transmissor. E locais menos chuvosos dificultam o depósito dos ovos."

Ainda segundo Fortaleza, cidades quentes e chuvosas tendem a ter mais registros de dengue, mas outros fatores --como separação de resíduos e água parada-- contribuem para o aumento ou a diminuição de casos.

Um exemplo de cidade quente que sofre mais com a doença na região é Ribeirão Preto, que vive epidemia de dengue neste ano.

ORIENTAÇÃO

Para eliminar o criadouro, a Prefeitura de Franca intensificou a orientação e prevenção contra o mosquito. Segundo Dias Neto, o município está organizando arrastões para mobilizar a população.

"Não estamos em epidemia, mas o estado atual é preocupante para a cidade", afirmou o diretor.

Para o clínico infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paulo Olzon, a dengue só vai melhorar quando tiver uma vacina para combatê-la.

BARRETOS

Até ontem, Barretos, que tem o pior cenário da região, havia registrado 4.540 notificações da doença e 3.685 casos confirmados.

A cidade está entre as 24 do Estado de São Paulo que registram epidemia de dengue neste ano. O pior caso é o de São José do Rio Preto.

Já Ribeirão soma 15 mil notificações e 3.409 confirmações da doença. Na cidade, 75% dos casos confirmados analisados em amostra são do tipo 4. O restante é do tipo 1 --o mesmo que circulou em 2010 e 2011.

No mês passado, três cidades da região entraram em estado epidêmico: Matão, Nova Europa e Taquaritinga. Já são 11 municípios nessa situação no nordeste paulista.


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