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Corte de árvores em praça gera protesto em Taquaritinga

Prefeitura diz que revitalização visa resolver problema de segurança, mas promotora apura se houve dano ambiental

Plano do município ainda prevê cortar outras 12 árvores para construção de calçadão no local

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

O corte de seis árvores de uma praça no centro de Taquaritinga provocou manifestações de moradores e a instauração de inquérito pelo Ministério Público contra a prefeitura local. A Promotoria quer saber se houve dano ambiental com a ação.

O plano é cortar outras 12 árvores e construir um calçadão ligando o espaço público com o quarteirão onde fica uma faculdade particular.

O objetivo da revitalização no local é acabar com a violência em crescimento na praça, segundo a versão da administração municipal.

As primeiras seis árvores da praça Doutor Horácio Ramalho foram cortadas pela prefeitura na segunda-feira.

As fotos desses cortes geraram protestos e o início de uma organização por meio do site de relacionamentos Facebook, ainda na segunda.

Anteontem de manhã, quando as raízes ainda eram retiradas por funcionários da prefeitura, cerca de dez pessoas se reuniram na praça para protestar contra o corte.

"As árvores são muito antigas. Tem gente que diz que são centenárias", afirmou a midialivrista Letícia Pocaia, uma das manifestantes.

Ela e outra manifestante, Fernanda Juliana, rejeitam a versão oficial de que o corte tem o objetivo de melhorar a segurança da praça, ao torná-la mais iluminada. "Nunca achei ela escura", contou Juliana, que afirma desconhecer atos de violência na praça Horácio Ramalho.

A promotora Daniela Baldan Rein instaurou inquérito anteontem para investigar possíveis danos ambientais e pretendia notificar a prefeitura ainda ontem. A iniciativa foi tomada a repercussão alcançada com os protestos.

Ela não quis falar com a Folha ontem sobre o assunto porque ainda não houve tempo para o início das apurações da Promotoria.

'PROTESTO POLÍTICO'

O diretor de imprensa da Prefeitura de Taquaritinga, Guilherme Paulucci, confirmou que a prefeitura dará andamento no projeto de derrubar outras 12 árvores e construir o calçadão ligando a praça ao outro quarteirão.

Segundo ele, o protesto é um fato isolado e tem motivações políticas.

"Nós temos todos os laudos necessários para apresentar à Promotoria e à Polícia Ambiental", disse.

Ele afirmou ainda que o calçadão é uma maneira de revitalizar a praça e que serão plantadas árvores de pequeno porte que não comprometam a estrutura do local.


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