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Ribeirão

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Cetesb aprova água do rio Pardo para consumo

Alternativa é buscada pois a captação do aquífero Guarani pode estar ameaçada

Para que o Pardo seja usado como opção, no entanto, água do rio precisa passar por tratamento adequado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Estudo divulgado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) diz que as águas do rio Pardo estão aptas para consumo humano, desde que submetidas a tratamento prévio.

O relatório apontou que o índice de qualidade de água do rio Pardo foi de, em média, 67%, faixa considerada como "boa" pela companhia. Com esse padrão de qualidade, o rio Pardo, que passa por Ribeirão Preto e outros 22 municípios da região, já poderia ser utilizado como fonte de abastecimento urbano.

O resultado é importante, pois o consumo de água da cidade depende exclusivamente do aquífero Guarani.

O estudo da Cetesb aponta que o índice de turbidez, por exemplo, passou de 41 UNTs (unidade de medição), registrados entre 2007 e 2011, para 19 UNTs, marca de 2012.

Também houve redução na quantidade de coliformes fecais -bactérias provenientes de fezes de animais- encontrados e de fósforo, elemento que em excesso pode levar ao crescimento anormal de plantas aquáticas.

Os dados que mostram a boa qualidade do rio Pardo, e sua consequente aprovação como fonte de captação de água, vêm ao encontro do relatório divulgado no começo do mês pela ANA (Agência Nacional de Águas).

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Prefeitura de Ribeirão Preto informa que já apresentou consulta ao Ministério das Cidades para obter verbas que possibilitem a execução de obras para a captação de águas no rio Pardo.

TRATAMENTO

Um dos empecilhos ainda a ser resolvido é a toxicidade, que aumentou em comparação ao ano passado. "O problema são os agrotóxicos", diz Paulo Finotti, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo. Por isso, ele necessita de tratamento adequado.

O estudo da agência diz que Ribeirão precisa ter outra fonte de captação de água que não o aquífero para evitar prejuízos do Guarani.

Alguns pesquisadores e ONGs ligadas à área dizem que a falta de ações efetivas para evitar a atual exploração do aquífero pode tornar o uso da água do manancial inviável dentro de 50 anos.

O consumo da água extraída do Guarani, de acordo com estudos do Projeto Aquífero Guarani, é 13 vezes maior do que a recarga da fonte.

Anualmente, são retirados 57,6 bilhões de litros de água do aquífero na cidade.

ONGs reclamam que um dos problemas que mais agravam a situação é a perda de água pelo Daerp. O Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão diz que investe para acabar com as perdas.


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