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Mãe descobre que filho não está morto

Exame de DNA negou que bebê enterrado há nove anos era de sapateira de Franca; suspeita é de troca de crianças

Família quer saber paradeiro do garoto, que faz aniversário hoje; Santa Casa não comentou o caso

DE RIBEIRÃO PRETO

Um exame de DNA feito por determinação da Justiça no cadáver de um bebê confirmou que o menino morto há nove anos não é filho de uma mulher de Franca. A suspeita da família é que a criança esteja viva e que tenha sido trocada na maternidade onde nasceu.

A Santa Casa da cidade não se manifestou, mas, segundo o advogado da família, o hospital pediu uma contraprova do exame de DNA.

Jonathan completaria nove anos de idade hoje. Segundo a mãe, a sapateira Ana Paula Câncio, 27, ao receber alta, ela despediu-se do filho, ainda vivo. Uma hora depois, já em casa, conta que recebeu a ligação do hospital de que o bebê havia morrido.

TRAÇOS DIFERENTES

O estranhamento da família foi maior quando a avó da criança fez o reconhecimento do corpo do bebê.

As características físicas eram diferentes de Jonathan, conta Ana Paula. A começar pelo cordão umbilical: o resto do cordão já havia caído no caso de Jonathan, mas o cadáver apresentado ainda tinha resquício do cordão.

O bebê morto tinha menos pelo nos braços e nas costas do que Jonathan e a pele era mais clara, segundo a mãe.

A criança mesmo assim foi enterrada como se fosse Jonathan. Com o anúncio da morte do bebê, Ana Paula conta que entrou em depressão e até hoje toma remédios.

Três anos atrás, a família decidiu procurar um advogado. Foi quando o cemitério comunicou que os restos mortais do bebê seriam retirados do túmulo para serem guardados em uma caixa.

O advogado Matheus Silvestre Veríssimo entrou na Justiça para pedir o exame de DNA a partir do osso do bebê.

Segundo ele, a demora ocorreu pela dificuldade de encontrar um laboratório que realizasse esse exame.

Ana quer agora saber onde está Jonathan. Ela não tem pista do seu paradeiro.

"Eu me preocupo se ele está bem, se é bem cuidado. A gente vê essas notícias de gente que bate nos filhos, tenho medo de alguém judiar dele", disse. A família estuda se processará o hospital.

Em nota, a Santa Casa disse que há um processo em andamento, "que corre em segredo de Justiça" e que, por isso, não se manifestará. Afirmou ainda que adotou medidas para apurar o caso.


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