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Ribeirão

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Prefeitura não tem controle sobre as quebras de bombas

Funcionários do Daerp dizem que monitoramento eficaz traria economia; desde 2011, reparos já custaram R$ 2,3 mi

Município afirma que os contratos feitos pela autarquia para o conserto de bombas são alvos de sindicância

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

A Prefeitura de Ribeirão Preto e o Daerp (autarquia de água e esgoto) não têm controle sobre as bombas que quebram nem sabem dizer quais dão defeito com mais frequência e podem, consequentemente, ser trocadas.

É o que dizem à Folha funcionários do Daerp. Reportagem de ontem mostrou que quebram, em média, na cidade quatro bombas por mês. Só três empresas concentraram os reparos, que são feitos sem licitação. Desde 2011, 131 consertos custaram ao cofres públicos R$ 2,35 milhões.

Os servidores do Daerp disseram ainda que há no pátio da autarquia, onde a Folha esteve ontem, bombas que estão dentro do prazo de garantia do fabricante e que poderiam ser consertadas sem custo ao município.

A prefeitura negou que isso ocorra, mas disse que os contratos feitos pela autarquia para o reparo são alvos de uma sindicância, que apura ainda denúncias de sabotagens na manutenção das bombas.

De acordo com os servidores, que pediram para não ser identificados, o município poderia gastar menos com os consertos se houvesse um controle eficaz das bombas.

Segundo os trabalhadores, muitos equipamentos apresentam defeitos acima da média, gerando prejuízos aos cofres públicos. Eles dizem que não existe um mapeamento para identificar quais das quatro marcas compradas hoje pelo Daerp são menos eficientes e onde são registrados defeitos mais frequentes.

BOMBAS ABANDONADAS

Em depoimento na semana passada na CEE (Comissão Especial de Estudos) que investiga o Daerp, o próprio superintendente interino da autarquia, Marco Antonio dos Santos, não soube detalhar sobre as cerca de cem bombas quebradas. Ele disse que a prefeitura está realizando um levantamento sobre isso.

No poder desde 2009, a prefeita Dárcy Vera (PSD) interveio pessoalmente no Daerp apenas em julho, quando Santos foi nomeado provisoriamente para o cargo. Antes, a autarquia era comandada pelo PR, um dos 16 partidos aliados de Dárcy.

Em relação à falta de licitação, a prefeitura diz que o processo não é realizado porque só conserta a bomba a empresa que a vende.

Os funcionários ouvidos pela Folha disseram que seria mais vantajoso, e com menos custos, a própria autarquia consertar as bombas.

O advogado Bernardo Rocha de Almeida, especialista em licitações, disse que é prerrogativa dispensar licitação nesses casos. Mas afirmou que a prefeitura deveria encontrar uma forma diferente para fugir da exclusividade do reparo das fabricantes.

Walter Gomes (PR), presidente da CEE do Daerp, disse ter enviado requerimento à prefeitura para obter os contratos de compras e consertos das bombas de captação.


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