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Ribeirão

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Ação anticrack ainda não saiu do papel em Ribeirão

Governo de SP prometeu para este mês 76 vagas na região destinadas a usuários

Até ontem, porém, os 8 primeiros dependentes químicos da cidade ainda não tinham sido internados

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Anunciado pelo governo do Estado para ter 60 vagas ainda neste mês em Ribeirão Preto, o programa Recomeço, destinado para tratamento de usuários de crack, ainda não realizou nenhuma internação de dependentes.

No último dia 7, foi assinado o convênio com a primeira entidade que vai tratar dos viciados, a Graaus, de Sertãozinho, com oito vagas.

Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Social, Rogério Hamam, afirmou que tinha a previsão de ampliar o atendimento em Ribeirão para 60 atendidos em 15 dias, o que não tinha ocorrido.

Ontem, o secretário disse que outra entidade, a Comarev, de Batatais, já foi credenciada, mas as 13 vagas oferecidas ainda não estavam disponíveis. Outras quatro entidades devem se cadastrar.

"É um processo de adaptação do programa. O sistema de identificação dos usuários ainda está sendo adaptado para que haja integração entre a entidade e a rede de saúde municipal", disse ele.

ATENDIMENTO INICIAL

Os únicos oito dependentes selecionados para a Graaus ainda não começaram o tratamento porque não passaram por avaliação clínica. Segundo a Secretaria municipal da Saúde, eles apenas realizaram exames odontológicos e psiquiátricos no Caps 3 (unidade para atendimento psicossocial).

Para Luiz Damasceno, presidente do Comad (Conselho Municipal para Álcool e Drogas), a triagem dos interessados deveria ser mais rápida. A demora, segundo ele, pode prejudicar aqueles que procuraram o tratamento.

"O usuário se disponibilizou ao tratamento voluntariamente, mas amanhã pode não querer mais. Esse é o perfil dos usuários, a dependência da droga é muito forte e o acolhimento precisa ocorrer rapidamente."

De acordo com a prefeitura, desde o anúncio do programa em Ribeirão Preto, cerca de 30 dependentes químicos procuraram a unidade.

"A dependência química é uma doença e precisa ser tratada de forma séria", afirma Damasceno.

"Nós temos cerca de 5.000 dependentes químicos em Ribeirão. Não dá para oferecer só oito vagas", completou.

Por mês, o governo vai repassar diretamente a cada entidade cadastrada no programa Recomeço R$ 1.350 por paciente em tratamento. Eles podem permanecer internados por até seis meses.

Das quatro entidades em fase de análise, duas vão oferecer 23 vagas e as demais, outras 76. As organizações se localizam em Franca, Jaboticabal e Ribeirão.


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