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Em Araraquara, travestis poderão ser chamados pelos nomes que escolherem

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Travestis e transexuais de Araraquara poderão usar o nome que escolherem, e não o que consta no registro de nascimento, quando forem atendidos em órgãos da administração municipal.

É o que estipula uma lei municipal aprovada anteontem na Câmara. Os servidores que desrespeitarem a lei sofrerão processo administrativo disciplinar e estão sujeitos a punição, que pode resultar até em demissão.

A lei vale, por exemplo, para o atendimento em unidades de saúde e bibliotecas e para casos de servidores da própria prefeitura que queiram ter outro nome nos crachás de identificação.

O gestor de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual, Paulo Tetti, afirma que o projeto de lei foi elaborado porque travestis e transexuais estavam deixando de procurar alguns serviços para evitar constrangimento.

"Já passei por situações constrangedoras. Você está ali vestida como mulher e te chamam por um nome masculino, todos começam a dar sorrisinhos", disse a maquiadora Scarlet Mastroiany, 27.

A atendente de telemarketing Jéssica da Silva Borges, 24, conta que ser chamada pelo nome civil, Felipe, soa como uma agressão. "Saí de um emprego, pois me chamavam de cara'", disse.

Apesar de comemorar a conquista, ela considera a lei um "tapa-buraco", pois em outros órgãos vai continuar a existir preconceito.

A coordenadora adjunta do programa estadual DST/Aids, Rosa de Alencar Souza, disse que o assunto pode parecer banal, mas para travestis e transexuais representa uma forte carga de preconceito.


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