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Ribeirão

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Trânsito de Ribeirão precisa de 419 agentes

Segundo recomendação do Denatran, cidade deveria ter 462 profissionais, mas só possui 43; problema afeta a região

Município diz que atua também com a PM; em Franca, projeto quer dar aos guardas função de agentes de trânsito

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

Maior cidade da região, Ribeirão Preto tem um deficit de 419 agentes de trânsito, de acordo com recomendação do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). A cidade tem 43 homens no setor, mas deveria ter 462.

Nas ruas do município, não é difícil identificar infrações cometidas pelos motoristas. Por dois dias, a Folha visitou 15 pontos de grande circulação e detectou infrações como carros estacionados em locais proibidos, motoristas dirigindo e falando ao celular e motociclistas com a viseira do capacete levantada.

Procurada, a Transerp (empresa que gerencia o trânsito em Ribeirão) diz que não atua sozinha na fiscalização.

Na outras cidades da região, a situação não é diferente. O deficit de agentes de trânsito em Araraquara é de 111, enquanto em São Carlos esse número chega a 118.

Em Franca, não há agentes do setor, mas um projeto de lei em análise na Câmara propõe dar essa função aos guardas municipais.

Consultadas, as prefeituras dizem fazer a fiscalização adequada do trânsito.

A recomendação do Denatran, de 2010, pede um agente para cada 1.000 veículos. A frota de Ribeirão é de 462.550.

Alguns dos pontos visitados pela Folha que mais concentram infrações de trânsito são os localizados ao redor de colégios ou faculdades.

Um deles está no cruzamento da avenida Brás Olaia Acosta com a rua Mário de Assis Moura. Na saída de estudantes de um dos colégios, o excesso de carros fecha o cruzamento por cerca de 20 minutos --tempo necessário para a liberação dos alunos.

A escola diz que já pediu para a prefeitura fazer faixas de pedestre no local, mas não foi atendida. A Transerp disse que vai visitar o local.

Em outros pontos, motoristas param com seus carros em locais com placas de proibido estacionar, como a Folha flagrou na rua Eliseu Guilherme. A prática complica o fluxo de veículos na via.

Motoristas também foram flagrados falando ao celular ao dirigirem na via Norte.

AÇÕES DE MELHORA

Além de afetar a fiscalização, o número menor de agentes de trânsito impede ações para melhoria do tráfego em ruas e avenidas movimentadas nos horários de pico, afirma o advogado especialista em trânsito Adhemar Gomes Padrão Neto.

Já o vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB) disse que os poucos agentes da Transerp estão voltados para a operação de radares ou aplicação de multas.

Para ele, a cidade virou uma fábrica de multas. "Já encaminhei ao menos dez ofícios à prefeitura solicitando atenção ao trânsito. Ano após ano a frota só aumenta. É preciso orientar os motoristas, não só se preocupar em multar. Falta fiscalização", disse.

De acordo com dados da Transerp, neste ano foram aplicadas 143.745 multas nas ruas de Ribeirão Preto --uma média de uma multa para cada quatro habitantes. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 5,3%.


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