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Moradores criticam projeto para o Botafogo
Associação contesta lei que beneficiou o clube
A Associação dos Moradores de Ribeirânia entrou com uma representação no Ministério Público contra o projeto de lei aprovado ontem pela Câmara de Ribeirão que retira limites de altura para a construção de prédios no terreno ao lado do estádio Santa Cruz, propriedade do Botafogo Futebol Clube.
A intenção do clube é vender o terreno e saldar dívidas de cerca de R$ 56 milhões, que ameaçavam com a penhora judicial do próprio estádio. A permissão vai valorizar a área, onde o metro quadrado custa R$ 5,5 mil, segundo informações do mercado imobiliário. O terreno possui 31.280 m².
A Câmara aprovou a lei com 18 votos favoráveis. Apenas Beto Cangussu (PT) votou contra. O petista afirma que a Lei de Uso do Solo de Ribeirão determina que em áreas estritamente residenciais, como é o caso, a altura máxima de edifícios é de dez metros. A lei aprovada derruba esse limite, e sujeita a altura das edificações a outras restrições legais.
O estádio Santa Cruz é uma das exigências da França para ficar em Ribeirão Preto na fase de preparação para a Copa de 2014. A Prefeitura de Ribeirão Preto informou que não há restrições para a altura de construções no terreno, e que a lei foi feita apenas para dar "segurança". O caso será analisado pelo promotor Antônio Alberto Machado.