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Padrasto nega crime e diz que usou insulina

Em depoimento de quase quatro horas, Guilherme afirmou que a aplicação ocorreu após ele consumir cocaína

A polícia não descarta fazer reconstituição da morte de Joaquim e já emitiu comunicado à PM e à Transerp

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Apontado pela polícia como principal suspeito pela morte do menino Joaquim Ponte Marques, 3, o padrasto Guilherme Raymo Longo, 28, prestou depoimento ontem na Polícia Civil e negou envolvimento no crime.

Disse ainda que fez autoaplicação de 30 doses da insulina. O depoimento de quase quatro horas foi o primeiro de Longo após ter sido preso no último domingo --dia do encontro do corpo do garoto.

De acordo com seu advogado, Antônio Carlos de Oliveira, o padrasto disse que fez a autoaplicação das 30 doses de insulina que era usada no tratamento de diabetes de Joaquim, contrariando versão dada anteriormente por ele, de que foram apenas duas doses.

A aplicação teria acontecido após ele ter consumido quatro cápsulas de cocaína. A droga havia sido trocada pelo seu celular.

"Ele, entendendo os efeitos da insulina, se autoaplicou acreditando que poderia ficar mais calmo e assim, evitar a vontade de usar mais drogas", disse Oliveira.

Uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil é a de o padrasto ter injetado a insulina em Joaquim, provocando sua morte.

Para o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, que acompanha o caso, o crime pode ter sido premeditado (leia texto nesta página).

Longo, ainda conforme o advogado, disse que tinha brigas comuns, como qualquer casal, com Natália Mingoni Ponte, 29, mãe de Joaquim, mas nunca agrediu a mulher.

Em depoimento anteontem à polícia, Natália afirmou ter sido vítima de agressão do marido no início do ano, período em que permaneceu um mês separada dele e foi morar na casa dos pais, em São Joaquim da Barra.

Natália, no entanto, afirmou que não denunciou Longo e também não informou aos seus familiares sobre a agressão por medo, de acordo com o promotor.

Oliveira também disse que Longo auxiliava na educação com Joaquim, repreendendo-o quando necessário, com autorização dela.

O rapaz manteve a versão de que saiu para comprar drogas na madrugada de terça e voltou para casa minutos depois, sem ter conseguido encontrar o que procurava.

BARRETOS

Longo está preso na Delegacia Seccional de Barretos e poderá ser ouvido novamente pelo delegado Paulo Henrique Martins de Castro.

Para o delegado, a hipótese mais forte é a de que a criança foi morta e teve o corpo jogado no córrego Tanquinho, a 200 m de sua casa.

A polícia não descarta uma reconstituição do crime e já emitiu um comunicado à Polícia Militar e também à Transerp (empresa que gerencia o trânsito e o transporte).


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