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Ribeirão

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Áreas pobres têm menos condição de ensino, diz USP

Escolas públicas de Ribeirão Preto possuem menos bibliotecas e laboratórios

Pesquisa também apontou superlotação nas salas de aula; prefeitura e Estado negam problemas

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo) Ribeirão Preto apontou que as áreas mais pobres do município concentram as escolas com menos equipamentos para o ensino, como bibliotecas e laboratórios de informática e de ciências.

Segundo o indicador desenvolvido na pesquisa, 70% das escolas nessas condições estão nas áreas onde a população tem renda média inferior a R$ 903,78. A dissertação de mestrado foi aprovada em agosto pelo departamento responsável na USP.

Outro problema identificado foi a superlotação nas salas de aula das escolas municipal e estadual de Ribeirão. Das 1.899 turmas, 70,6% têm mais alunos do que o recomendado por especialistas: de no máximo 25 nas séries iniciais e 30 nos anos finais.

"Os dados apontam para a reprodução do mecanismo de inclusão excludente. Os alunos estão matriculados, mas aqueles com uma condição financeira menor tendem a receber um ensino com condição pior", disse a pesquisadora Aline Kazuko Sonobe.

Foram analisadas 83 escolas públicas que oferecem ensino fundamental no município. Os dados foram obtidos por meio do Censo Escolar 2010, Prova Brasil 2009 e o Censo 2010 do IBGE.

"Foram agregadas variáveis que são consideradas, por especialistas em educação, fundamentais na oferta de um ensino de qualidade", afirmou Aline, que levou dois anos para concluir o estudo.

Donizete Aparecido Barbosa, da área de educação do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, diz que o excesso de alunos é a principal reclamação dos professores. "A gente defende a diminuição das turmas, mas o que percebo é o inverso."

Para o presidente do Conselho Municipal de Educação, Rodrigo da Cruz Goulart, as reclamações de superlotação se intensificaram no segundo semestre após os resultados de avaliações das escolas públicas. "Há a procura pelo melhor ensino".

Apesar disso, de acordo com a pesquisadora, as escolas públicas têm melhores condições para o ensino do que as privadas. Para o representante do sindicato das escolas particulares, João Alberto de Andrade, isso acontece porque o foco é o ensino.

As secretarias de Educação de Ribeirão e do Estado negaram a superlotação nas salas de aula e informaram que seguem resolução que fixa de 25 a 35 alunos por sala de aula. A secretaria estadual informou ainda que não há diferença financeira entre as escolas, que todas as unidades possuem livros e que em 2014 terão salas de informática.


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