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Paralisação gera nova crise na prefeitura
Guardas interrompem atividades e, sem segurança, unidade de saúde deixa de atender população no Maria Casagrande
Comando da corporação afirma que alguns pontos serão atendidos pela administração, mas não imediatamente
Uma paralisação deflagrada pelos guardas-municipais de Ribeirão Preto gerou nova crise ontem no governo da prefeita Dárcy Vera (PSD).
A corporação cruzou os braços para exigir três pontos: a troca do comando da corporação, melhor remuneração e novos equipamentos --consideram muitos deles sucateados.
Sem guardas em prédios públicos, uma USF (Unidade de Saúde da Família) não atendeu a população no bairro Maria Casagrande, após um homem invadir o local e ameaçar duas funcionárias com uma faca.
Segundo o Sindicato dos Servidores de Ribeirão, 160 dos 200 guardas dos turnos da manhã e da tarde paralisaram as atividades ontem.
A Prefeitura de Ribeirão Preto informou que alguns pontos pedidos pela categoria serão atendidos, mas não imediatamente, e que a paralisação não teve grande impacto nos serviços.
PRECÁRIO
Wagner Rodrigues, presidente do sindicato, afirmou que os problemas revelam a precariedade do planejamento da segurança no município. Ele defende que a corporação precisaria, no mínimo, ter o dobro do efetivo atual, de 223 guardas.
"Nós acreditamos que nossas reivindicações só serão atendidas com a mudança do comando da corporação. Até agora o governo não sinalizou nenhuma tentativa de negociação", disse Rodrigues.
Hoje, feriado na cidade, os guardas manterão um sistema de plantão nos prédios municipais. A paralisação deve ser retomada amanhã, caso não haja negociação.
As paralisações se intensificaram a partir de setembro, quando a categoria exigiu a demissão de comissionados nas secretarias, após medidas de redução de despesas anunciadas pela prefeita.
Ela anunciou cortes de gastos, incluindo benefícios aos servidores, o que gerou revolta da categoria.