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Ribeirão

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Casal deixa imóvel alugado e vai para área invadida em Ribeirão

DE RIBEIRÃO PRETO

Há cinco anos em Ribeirão Preto, o casal de piauienses Maria Aparecida Carvalho de Paula, 23, e Dilas Vieira da Silva, 23, foi um dos primeiros a se instalar na invasão da rua Comandante Armando Marim, no Jardim Piratininga.

Eles pretendem deixar a casa onde vivem de aluguel e mudar para o terreno invadido. O casal prevê para hoje terminar a mudança e levar os filhos, de quatro e dois anos, para morar no local.

"A gente paga R$ 440 de aluguel, de um salário de R$ 800. Não sobra quase nada, até para comprar comida fica difícil", afirmou Maria.

O maior medo do casal é que a família seja retirada do local pela prefeitura.

"Não dá mais para viver de aluguel, a gente veio para Ribeirão Preto com o sonho de conseguir um emprego e uma casa própria", disse.

Maria afirmou que já tentou se inscrever na Cohab-RP (Companhia Habitacional Regional de Ribeirão Preto), mas não conseguiu por não ter como comprovar renda.

O casal ficou sabendo da invasão pela irmã de Maria, a faxineira Luzirene Carvalho de Paula, 22.

Ontem, ela também terminava de construir uma casa com pedaços de madeira e lona para se mudar com o marido e os três filhos.

Morador da invasão do bairro Heitor Rigon, a mais antiga do movimento sem-teto na cidade, o técnico em refrigeração Luiz Henrique Forte, 25, disse que mudar para a área foi uma das melhores escolhas que fez.

Ele mora há nove meses no local com a mulher e os três filhos e disse economizar R$ 600 por mês.

"Eu morava de aluguel bem próximo à invasão. Continuamos tendo as mesmas coisas. A água pegamos em um poço artesiano e a energia rateamos com o dono de um sítio", disse.


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