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Setor calçadista tem alta nas exportações

Dólar valorizado aumentou em 11,8% as vendas das indústrias de Franca ao exterior, mas valor do sapato caiu

Indústria registrou em 2012 o pior resultado nas exportações em dez anos; para Sindifranca, 2013 foi 'ano atípico'

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Depois de registrar em 2012 o pior resultado em dez anos, as indústrias calçadistas de Franca voltaram a registrar alta nas exportações neste ano. O aumento no volume foi de 11,8% de janeiro a setembro ante o mesmo período do ano passado.

A principal explicação para a retomada das vendas ao exterior foi a alta do dólar. Como o setor enfrenta concorrência direta dos países asiáticos, como China e Vietnã, o câmbio valorizado deixa a indústria mais competitiva.

Apesar disso, a alta do dólar não garantiu, na proporção, o aumento do faturamento do setor. Segundo dados do Sindifranca (Sindicato das Indústria de Calçados de Franca), a receita sobre as exportações cresceu só 3,2%.

O descompasso, segundo José Carlos Brigagão Couto, presidente do Sindifranca, ocorre em função da queda de 7,7% no preço médio do par de sapato. Atualmente, um par de sapato é comercializado a US$ 28,79. Em 2012, era US$ 30,83 o par.

"2013 foi um ano atípico. Apesar da expectativa de terminar o ano com a exportação atingindo até 3 milhões de pares, os empresários do setor estão com o pé no freio' nos investimentos por causa da baixa remuneração", disse Brigagão Couto.

A fabricante de calçados masculinos Democrata prevê que 21% da produção deste ano seja enviada ao exterior. Em 2006, esse percentual foi de 50%, segundo Marcelo Paludetto, diretor comercial da empresa de Franca.

Na Democrata, a produção cresceu 17,5% na comparação com o ano passado. Essa alta, porém, não foi suficiente para chegar ao patamar de 2011, afirmou Paludetto.

"2012 foi o pior dos últimos dez anos para a exportação por uma combinação de fatores. Tínhamos problema no câmbio, inflação alta e mercado exterior ainda em recuperação da crise internacional", disse.

Para Paludetto, além da alta do dólar, o que garantiu a recuperação em 2013 foi a busca por novos mercados e o investimento na divulgação da marca. O valor não foi revelado pelo executivo.

"As exportações na Europa estavam difíceis. Então fomos buscar novos mercados no Oriente Médio, na Ásia e na América do Sul."

Na Anatomic Gel, outra fabricante de calçados masculinos, o aumento nas exportações foi de 15% neste ano ante 2012. Segundo o proprietário José Rosa Jaconete, 40% da sua produção é destinada ao exterior.

"O sapato masculino de Franca tem portas abertas em qualquer lugar do mundo. Se equipara ao sapato italiano."


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