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Ribeirão

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Produção de cana terá estagnação em 2014

Entidade das usinas do centro-sul aponta baixa rentabilidade e usinas que deixarão de produzir como motivos

Safra deste ano teve alta de 18,97% na produção de álcool e ligeiro crescimento na fabricação de açúcar

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A baixa rentabilidade e a estimativa de que nove usinas podem deixar de produzir na próxima safra fizeram com que o setor sucroalcooleiro projete estagnação da produção de cana-de-açúcar em 2014.

O anúncio foi feito ontem em São Paulo pela Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), entidade que tem como associadas usinas do centro-sul do país.

De acordo com a entidade, a safra atual conseguiu cumprir a demanda de combustíveis no país por causa da maior renovação de canaviais devido a financiamentos com juros subsidiados, formação de estoques e desonerações de PIS e Cofins.

"As condições climáticas deste ano podem refletir negativamente na safra do ano que vem", afirmou Antonio Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica.

Na atual safra, houve um aumento de 10% na produção de cana em relação à safra passada, com 587 milhões de toneladas de cana, cenário de alta que não deve se refletir no próximo ano. Os dados são referentes ao dia 1º, quando 75 usinas já haviam terminado suas safras.

Celso Torquato Junqueira Franco, presidente da Udop (União dos Produtores de Bionergia), disse concordar com a previsão e fala até em queda de produção na safra 2014/15. "Ainda é prematuro avaliar essas previsões, o período mais seguro é abril."

Já para Thiago Campaz, especialista da consultoria FG Agro, a próxima safra de cana poderá ter um crescimento de até 3% na produção, por conta da capacidade de moagem das usinas.

"O que deve ditar isso é o regime de chuvas do ano que vem ", declarou.

CENÁRIO

A produção de etanol na atual safra cresceu 18,97%. A de açúcar teve alta de 0,66%.

"Foi uma safra bem mais alcooleira do que açucareira. Seria preciso importar 7,4 bilhões de litros de gasolina caso não houvesse crescimento", disse Rodrigues.

Para Campaz, para aumentar a produção a indústria deveria investir em capacidade de moagem, não em cana.


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