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Ribeirão

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Folha Verão

'Praias' da região atraem turistas que fogem do trânsito do litoral

Rifaina e Miguelópolis são dois dos destinos mais visitados nessa época do ano

Cidades devem receber até 45 mil turistas no Ano-Novo; represas acumulam água para hidrelétricas da região

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

No último Réveillon, o advogado de Uberaba (MG) Guilherme Fernandes, 26, levou dez horas para chegar a Maresias, no litoral norte paulista --seis delas gastas no trânsito entre São Paulo e a praia, o triplo do tempo necessário se a rodovia estivesse livre.

Neste ano, para fugir do trânsito, Fernandes irá à praia sem deixar o interior.

Será seu primeiro Réveillon em Rifaina, à beira da represa Jaguara, lago artificial do rio Grande que alimenta a hidrelétrica de Jaguara e separa São Paulo e Minas Gerais.

O advogado enumera as vantagens da escolha: "A uma hora da cidade, mais tranquilo, sem pedágio".

A cidade espera receber até 15 mil pessoas na noite do Ano-Novo. Em Miguelópolis, onde o mesmo rio Grande forma a represa da hidrelétrica de Volta Grande, são esperadas de 20 a 30 mil pessoas para o Réveillon.

AREIA

As praias de água doce receberam orlas de areia ainda na década de 1970. O crescimento econômico da região nas décadas seguintes se encarregou de povoar a paisagem com lanchas e mansões de luxo conhecidas como "ranchos", disponíveis para aluguel por temporada.

A distância quatro vezes maior de São Paulo em direção a Rifaina, se comparada com algumas das praias do litoral paulista, como Guarujá (a 86 km da capital), pode ser relativizada pelo percurso feito sem lentidão, ao menos nos últimos anos.

As concessionárias Autovias e Vianorte informaram que no período do feriado de 15 de novembro não foram registrados congestionamentos no trecho entre Ribeirão Preto e Rifaina, e Ribeirão e Miguelópolis --trajetos feitos em até duas horas de viagem. De São Paulo, o trecho é feito em até seis horas.

No feriado do último dia 15 de novembro, Proclamação da República, uma viagem pela rodovia Anchieta que em média duraria 40 minutos, entre São Paulo e Santos, foi feita em mais de cinco horas. Os motoristas ficaram parados por 20 quilômetros.

"Aqui é pertinho. Venho esfriar a cabeça para começar a semana", diz o empresário Kléber Costa, 41, que mora em Franca e costuma visitar Rifaina aos finais de semana. Além da água doce e sem ondas, a paisagem também destoa do litoral no verde da mata que domina o horizonte à beira d'água.

Apesar de calmas, as águas das represas "escondem" buracos à beira do rio, o que exige equipes de salva-vidas a postos e boias indicando as áreas mais seguras para os banhistas se divertirem.

As represas também entraram na rota da pesca esportiva. Os lagos são habitados por tucunarés, peixe cobiçado por ser "bom de briga" com o anzol.


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