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Ribeirão

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Após protestos, transporte é setor com mais mudanças na região

Pressionados, municípios reduziram tarifa em R$ 0,10, e vereadores investigaram contratos

Manifestações levaram 25 mil pessoas às ruas em Ribeirão Preto e provocaram atos em sequência na região

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Os protestos que tomaram o país em junho resultaram em mudanças na região de Ribeirão Preto, principalmente no transporte público, com investigações nas Câmaras, redução de R$ 0,10 na tarifa de ônibus e alterações no trânsito para beneficiar o transporte público.

As "jornadas de junho", como ficaram conhecidos os atos organizados no período, também trouxeram à cena uma nova forma de relação entre eleitores e políticos --estes agora mais atentos à "voz das ruas", outro termo usados nos protestos.

Outras reivindicações foram melhorias na saúde e na educação, e o fim do desabastecimento de água e da corrupção --porém, sem mudanças como no transporte.

Em Ribeirão Preto, cidade que reuniu 25 mil pessoas no auge das manifestações, novos protestos interromperam as sessões da Câmara na última semana e forçaram a prefeitura a retirar de pauta o projeto que prorrogava, por mais um ano, contratos emergenciais de professores.

Pedindo contratação por concurso público, manifestantes lotaram o plenário, invadiram o espaço reservado aos vereadores e atiraram bombas, farinha e ovos.

Participaram do ato movimentos sociais que começaram a se organizar em 2011, mas que tiveram seu poder de mobilização ampliado após os protestos de junho, segundo o professor de história Jonas Paschoalick, 32, um dos líderes das manifestações.

O mês de junho, segundo Paschoalick, explica a força e a aceitação da sociedade à ocupação da Câmara pelos manifestantes. "Os movimentos estão se integrando para a luta", disse. "Está ocorrendo um amadurecimento político [da sociedade] para entender que há outras formas de atuação política."

O próprio MPL (Movimento Passe Livre) de Ribeirão Preto surgiu após os primeiras protestos em São Paulo.

Uma das passeatas do MPL em Ribeirão terminou com a morte do estudante Marcos Delefrate, 18, atropelado por um empresário que avançou com o carro sobre o protesto que bloqueava a avenida.

Os atos aumentaram a pressão sobre a Câmara, que decidiu instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar irregularidades no serviço de transporte público.

Em Franca, a Câmara também instalou uma CEI (Comissão Especial de Inquérito). (leia texto ao lado)

CEI EM ARARAQUARA

Em Araraquara, o Movimento Transporte Justo e o Sindicato dos Advogados do Interior Paulista também conseguiram fazer com que a Câmara analise um projeto para a implantação do passe livre estudantil.

A cidade registrou protestos. Os manifestantes questionaram a atuação da CTA (Companhia Tróleibus de Araraquara), a qualidade dos ônibus e a prestação do serviço nas linhas percorridas para os usuários.

Uma operação da Polícia Federal, que em agosto revelou suspeitas de corrupção em três secretarias municipais, levou manifestantes à Câmara. Pressionados, os vereadores instalaram uma CEI.

"A pressão dos manifestantes foi muito forte e provocou até um racha na base do prefeito [Marcelo Barbieri]", afirmou a vereadora de oposição Gabriela Palombo (PT).


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