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Ribeirão

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Sem verba, Carnaval deve ser cancelado

Crise faz gestão Dárcy cortar repasse às escolas de samba, que dizem não ter condições de fazer desfile sozinhas

Secretário da Cultura afirma que a decisão não foi da sua pasta, mas da coordenadoria de metas da prefeitura

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Sem recursos financeiros e em meio a uma crise que atrasou até o pagamento de férias a servidores, a Prefeitura de Ribeirão Preto não repassará verba para as escolas de samba da cidade neste ano, o que deve gerar o cancelamento do desfile de rua.

A afirmação é do secretário da Cultura de Ribeirão Preto, Alessandro Maraca.

De acordo com o secretário, a decisão do cancelamento do evento não foi da sua pasta, mas da coordenadoria de metas, que alegou a difícil situação financeira do município como motivo.

Sem o dinheiro, as ligas de escola de samba da cidade não devem ter fôlego para promover o desfile de rua, cancelando a festa que era realizada sem interrupção desde 2006.

O Orçamento de Ribeirão Preto tinha a previsão de investir R$ 1,2 milhão para a festa deste ano, na infraestrutura do desfile e no financiamento das escolas, antes de ser barrado. No ano passado, o repasse às agremiações da cidade foi de R$ 560 mil e, no ano anterior, de R$ 480 mil.

Mas, agora, a crise deve impedir as atividades carnavalescas promovidas pelo município, diferentemente de outras localidades da região, onde o evento está confirmado.

"Sem o repasse não dá para fazer o Carnaval para o qual nos planejamos", afirmou o presidente da Liga União das Escolas de Samba de Ribeirão Preto, Anderson Luiz Amâncio.

A entidade concentra quatro das seis principais escolas. De acordo com Amâncio, seria necessário um repasse mínimo de R$ 55 mil por escola para que o desfile pudesse ser realizado.

Maraca afirmou que as escolas de samba sabem desde o dia 30 de dezembro que não haverá verba, mas a Liga afirma que não houve assinatura na ata do encontro e que, por isso, não considera a informação oficial.

O grupo alega que ao menos 400 pessoas estão há meses envolvidas com os preparativos carnavalescos e que já foram feitos investimentos pelas agremiações, inclusive dívidas parceladas.

RECURSO

Por causa do imbróglio, integrantes da Liga foram ontem ao Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura de Ribeirão, pedir uma audiência com a prefeita Dárcy Vera (PSD).

A reunião ficou marcada para quinta-feira, segundo o presidente da Escola Falcão de Ouro, Tiago da Silva Santos.

As escolas de samba alegam que, durante o ano, tentam promover eventos para arrecadar dinheiro para a compra de fantasias e a preparações dos carros alegóricos, mas que essa renda não é o suficiente para a realização dos desfiles.

ALTERNATIVA

Procurada pela Folha, a CCS (Coordenadoria de Comunicação Social) da prefeitura informou que a Secretaria da Cultura estuda, desde o mês passado, alternativas para viabilizar a realização dos desfiles das escolas de samba e blocos afoxés.

"O objetivo é buscar alternativas para viabilizar a apresentação das agremiações carnavalescas com qualidade, diante dos recursos disponíveis", diz trecho da nota, assinada por Maraca.

Questionada, a Prefeitura de Ribeirão Preto não justificou o veto do repasse de verbas para o evento.


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