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Dárcy adia 2 novos terminais de ônibus

Previstas para maio, estações só devem ser concluídas no fim do ano; adiamento é irregular, dizem especialistas

Prefeitura nega que contrato esteja sendo descumprido; prefeita afirma querer 'agilidade' nas obras

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), decidiu adiar a construção de dois terminais de ônibus na região central da cidade, descumprindo contrato assinado com o consórcio Pró-Urbano, responsável pelo transporte.

O adiamento das obras, que deveriam ser feitas pelo consórcio, foi informado ontem pela prefeita, durante reunião com representantes das secretarias e autarquias envolvidas. "Até o final de 2014 quero os terminais prontos, além de quatro terminais em bairros", disse Dárcy.

Conforme o contrato, os terminais da avenida Jerônimo Gonçalves e da praça das Bandeiras deveriam ficar prontos até maio.

Entretanto, nenhuma obra começou a ser feita, como a Folha revelou em dezembro. No mês passado, ainda segundo o contrato, as obras deveriam ter sido iniciadas.

A prefeitura nega que o contrato esteja sendo descumprido, já Dárcy prega "agilidade" nas obras.

Além de adiar as obras, o governo não cobrou a multa diária prevista no contrato, de R$ 3.000 por atraso nos investimentos exigidos.

"A aplicação da multa está sendo discutida no âmbito administrativo. Estamos avaliando a real necessidade de penalização", afirmou o superintendente da Transerp (empresa de trânsito e transporte), William Latuf.

Na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público, liderada pela oposição, Latuf afirmou que o consórcio descumpriu 17 itens do contrato.

Segundo o relator da CPI, o vereador Marcos Papa (PV), o valor da multa a ser cobrado é de cerca de R$ 1,7 milhão. A prefeitura, no entanto, tenta buscar aval do Ministério Público para tomar as decisões administrativas.

De acordo com Dárcy, a decisão deverá ser tomada depois de uma reunião com o promotor Sebastião Sérgio da Silveira, que pediu à prefeita um cronograma de implantação dos pontos do contrato.

Procurado pela Folha, Silveira disse que não concorda com o adiamento das obras. "O não atraso era uma das condições que eu havia imposto para que pudéssemos chegar a um acordo."

Silveira afirmou que irá aguardar a reunião com a prefeitura e o consórcio, na semana que vem, para decidir o que será feito. O consórcio foi procurado, via assessoria, mas ninguém respondeu.


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