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Pela 3ª vez, Justiça nega liberdade para padrasto
Guilherme Raymo Longo continua preso em Tremembé suspeito de matar Joaquim
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou, pela terceira vez, na tarde de ontem, o pedido de habeas corpus a Guilherme Raymo Longo, 28, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3.
Longo é réu na ação criminal proposta pelo Ministério Público por suspeita de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A mãe da criança, Natália Mingoni Ponte, 29, vai responder por omissão e está em liberdade graças a um habeas corpus concedido pelo TJ.
O desembargador Péricles Piza, autor da decisão, alega que Longo pode ser um "inconveniente" para as investigações criminais. Ele também cita que o padrasto foi retratado como "violento, ciumento, frio e possessivo".
O advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira, disse que vai entrar com um agravo regimental para reverter a decisão e pedir que o caso seja revisto por outro desembargador.
Natália deixou na noite da última sexta-feira a penitenciária de Tremembé, por determinação de um habeas corpus. A decisão também foi assinada pelo desembargador Péricles Piza.
Piza justificou, no relato do pedido negado a Longo, que há diferença entre os dois réus. De acordo com o desembargador, no caso do padrasto, há "peculiaridades que não podem ser ignoradas".
O corpo de Joaquim foi encontrado em novembro do ano passado, em Barretos (a 423 km de São Paulo).
Para a polícia, o padrasto aplicou uma superdose de insulina no garoto, que morreu. O corpo teria sido jogado no córrego Tanquinho, em Ribeirão Preto, perto da casa onde moravam. Natália e Longo alegam inocência. As defesas de ambos afirmam que não há provas contra eles.