Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Para empresas, 'publicidade controlada' é atrativo às marcas
DE RIBEIRÃO PRETOAs restrições às propagandas impostas pela Lei Cidade Limpa tornaram os espaços de publicidades institucionais do projeto Verde Cidade mais atrativos às empresas.
A avaliação é compartilhada pelo diretor de incorporação da construtora Habiarte, João Teodoro Feres Sobrinho, e pelo gestor de negócios da construtora Jábali Aude, Eduardo Aude, de Ribeirão.
Para eles, a medida aumenta a oportunidade das empresas fortalecerem a marca junto ao público. Os estabelecimentos possuem parceria com a prefeitura para cuidar de áreas verdes.
"Como consolidação do nome das empresas, [a publicidade institucional] é um veículo importante", disse Sobrinho. "A gente tem como objetivo mostrar o que as empresas podem fazer pela sociedade", afirmou Aude.
Diferente de outdoors, por exemplo, as placas fixadas nas áreas verdes não abrem espaço para campanhas publicitárias. É permitido apenas a veiculação da logomarca da empresa, informando que ela mantém o espaço.
Sobrinho conta que a falta de clareza por parte da população sobre o que é de fato responsabilidade da empresa pode criar dificuldades.
O empresário afirma que a Habiarte rompeu a parceria para cuidar de uma das praças --ela cuida de uma praça e um canteiro-- depois que passou a receber ligações de moradores da região.
Eles cobravam a empresa por mais segurança no local e a manutenção de equipamentos, como lixeiras, que são de responsabilidade da Prefeitura de Ribeirão.
"Pela dificuldade do poder público de dar a manutenção a esses espaços, as pessoas acabam se confundindo sobre qual a função de cada um no projeto", disse.
Ainda assim, Sobrinho afirmou que a empresa pretende renovar a parceria para a manutenção de uma outra praça sob seus cuidados. Também avalia a possibilidade de ampliar a participação no programa. A adoção de mais espaços também está sendo avaliada pela construtora Jábali Aude.
Juliana Villas Boas, diretora de marketing da Perplan, que tem 25 áreas, afirmou que a regulamentação do projeto pode atrair mais empresas.
