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Franca vende mais calçados e lucra menos

Exportações de sapatos registraram aumento de 8,9% em 2013, por outro lado, faturamento subiu apenas 0,32%

Para driblar o preço baixo, especialistas dizem que setor terá que investir mais na busca por qualidade

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Apesar da recuperação das exportações de Franca em 2013, o setor calçadista enfrentou a queda no preço dos pares de sapatos. O faturamento das indústrias cresceu apenas 0,32%.

De janeiro a outubro do ano passado, as indústrias exportaram 2,4 milhões de pares de calçados, 8,9% a mais do que no mesmo período do ano anterior. No entanto o faturamento permaneceu praticamente o mesmo.

As indústrias faturaram US$ 70,1 milhões, ante US$ 69,9 milhões no mesmo período de 2012, de acordo com dados do Sindifranca (Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca). O preço médio do sapato exportado caiu 7,8%, passando de US$ 31,05, em outubro de 2012, para US$ 28,62 no mesmo mês de 2013.

José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindifranca, disse que as indústrias estão trabalhando com os preços no limite de custos.

Para ele, o aumento dos preços da matéria-prima, da infraestrutura de logística e a alta carga tributária elevaram os gastos da indústria.

"Os empresários fazem uma verdadeira ginástica para continuar exportando", disse Couto. "Todo mundo trabalha no limite para não perder as exportações, ainda mais porque o país não tem política clara e duradoura para os exportadores."

A alternativa encontrada pelos empresários para driblar o baixo preço dos sapatos é investir na marca do produto, procurando qualidade.

Fernando Pasqual, 40, inaugurou em março de 2012 uma indústria que leva o nome de seu avô Joseph. A maneira de produzir é semelhante à que o avô adotava na década de 1960.

Com sapatos 100% feitos a mão, Pasqual pretende exportar em 2014 entre 100 e 150 pares, entre US$ 570 e US$ 600, para Europa e EUA.

O empresário disse que investe no fortalecimento da marca e dos sapatos que produz para garantir boa remuneração em vez de exportar muitas unidades.

"A única maneira de o Brasil voltar a ser reconhecido lá fora é fazer um produto diferenciado", afirmou. "A produção em massa foi para a Ásia e não volta mais. Com os custos que temos não conseguimos acompanhá-los."

Couto disse que atualmente o que tem compensado não é a exportação de sapatos, mas a exportação da marca.


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