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Queda na safra de laranja dos EUA pode elevar preço no país

Citricultura prevê safra mais rentável que as dos últimos dois anos, mas não indica intensidade da alta para os consumidores finais

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A queda na produção de laranja nos EUA, a pior da última década, pode elevar os preços cobrados pelos produtores brasileiros. Para o consumidor, não há estimativa.

O diretor executivo da Citrus-BR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), Ibiapaba Netto, disse que deverá haver alta da demanda pelo suco brasileiro, o que poderia elevar o preço para o produtor e a indústria --o índice é incerto.

O presidente da Associtrus (associação dos produtores), Flávio Viegas, confirma a expectativa positiva para os produtores com a queda da safra norte-americana.

A baixa na safra dos EUA, associada ao reduzido estoque brasileiro do produto, eleva as expectativas de rentabilidade do setor em relação aos dois últimos anos.

Essa é a perspectiva do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

No encerramento da safra atual, prevista para junho, os estoques podem ser de 450 mil toneladas de suco concentrado, conforme a Citrus-BR. Se confirmada, será 41,25% menor que as 766 mil toneladas estocadas no mesmo período de 2013.

"Com a menor safra na Flórida, aumenta a demanda pelo suco brasileiro. Com isso, é esperada uma reação nos preços internacionais pelo produto nacional, mas é difícil dizer em que intensidade", afirmou a analista do Cepea Fernanda Geraldini.

Viegas também tem expectativas positivas para o setor, embora, para ele, o preço pago ao produtor esteja ainda muito aquém do ideal.

Em novembro do ano passado, o CMN (Conselho Monetário Nacional) estabeleceu preço mínimo de R$ 10,10 por caixa com 40,8 kg de laranja para a safra 2013/14.

Para Viegas, o valor não cobre o custo do produtor, que precisaria vender por ao menos R$ 17,50. "O cenário fez muitos citricultores saírem da cultura", disse Geraldini.

Embora especialistas não façam previsão de que a possível alta seja repassada ao consumidor final, nos EUA ela é esperada. "No caso da Flórida, os preços já estão aumentando", disse Geraldini.


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