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'Bico' oficial da PM não avança na região
Ribeirão, Franca, São Carlos e Araraquara prometeram contratar policiais, mas convênios não foram firmados
'Reforço' na segurança foi prometido por prefeitos, mas ainda faltam ajustes entre municípios e Estado
Um ano e meio após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinar projeto de lei que previa a ampliação da Atividade Delegada para todo o Estado, os quatro maiores municípios da região --Ribeirão Preto, Franca, São Carlos e Araraquara-- ainda não aderiram ao convênio.
Sancionada, a lei prevê a contratação de policiais militares em horário de folga para reforçar o policiamento nas cidades. A medida foi promessa de três prefeitos no mandato, mas até hoje as propostas não saíram do papel.
As prefeituras de Ribeirão Preto e Araraquara, que aprovaram leis municipais autorizando a parceria, informaram que enviaram documentos ao governo do Estado de São Paulo e que aguardam a assinatura do convênio (leia texto nesta página).
Porém, questionados pela Folha sobre quando os documentos solicitando o acordo foram enviados e em qual órgão foram protocolados, os municípios não responderam.
Nem a Secretaria de Segurança Pública nem a Polícia Militar confirmaram se os ofícios foram realmente enviados pelos municípios.
Em São Carlos, os vereadores aprovaram ontem à noite autorização para o convênio.
Já em Franca, a lei para autorizar a Atividade Delegada nem foi enviada ao Legislativo. A prefeitura, no entanto, manifestou interesse em aderir ao projeto.
A Atividade Delegada foi implantada na capital em dezembro de 2009, mas em junho de 2012 a proposta foi ampliada para todo o Estado de São Paulo.
Na operação, os policiais militares trabalham para a prefeitura durante o período em que estão de folga. Eles podem fazer a vigilância nas ruas e em parques públicos.
O objetivo é aumentar o efetivo policial nas ruas. Cada município opta por quantos policiais deseja contratar, e o pagamento é feito pelas próprias prefeituras.
Membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o professor Renato Sérgio de Lima disse que os municípios que tiverem condições devem contratar policiais, apesar de a medida não ser "a melhor saída para diminuir os índices de criminalidade".
Em Ribeirão, São Carlos e Araraquara, os roubos e furtos aumentaram no ano passado em relação a 2012 (leia texto nesta página).
Lima afirmou ainda que a providência é paliativa e o que resolve, "na verdade", é investir em pessoal e também em tecnologia. "O Estado precisa investir em inteligência e remunerar melhor os policiais que prestam serviço."
Na região, só Olímpia e Santa Rosa de Viterbo têm convênio com o Estado.