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Sindicato acusa governo de intimidação
Segundo categoria, Prefeitura de Ribeirão usará medidas para conter greve de servidores da saúde na segunda
Município recorreu à Justiça para questionar greve anunciada, mas pedido de liminar foi rejeitado por legalidade
A direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ribeirão Preto acusa a prefeitura de querer intimidar os servidores da saúde que poderão entrar em greve na segunda-feira pelo não cumprimento da nova carga horária de 30 horas semanais.
Segundo a direção do sindicato, denúncias feitas ontem afirmam que funcionários do departamento de recursos humanos não permitirão que servidores em greve registrem presença no ponto eletrônico para participar da mobilização.
A greve é uma retaliação ao não cumprimento do governo em implantar a jornada de 30 horas semanais em fevereiro, conforme acordo feito com a própria prefeita Dárcy Vera (PSD) no ano passado.
De acordo com a direção do sindicato, as medidas foram discutidas ontem pela manhã entre gestores da secretaria de saúde numa reunião que tinha como objetivo tentar abafar a paralisação.
A Prefeitura de Ribeirão também recorreu à Justiça alegando que a greve, marcada para começar na segunda-feira, é ilegal. Porém, em decisão, a Justiça afirmou que o movimento é legal e que o sindicato fez os comunicados necessários.
A assessoria de imprensa da secretaria de saúde negou que a reunião tenha ocorrido para discutir a greve. De acordo com a assessoria, todas as sextas-feiras acontecem reuniões de trabalho com gerentes e diretores de unidades de saúde.
CORTES
Ontem, a prefeitura informou em nota que pode adotar novos cortes depois de não conseguir reduzir as despesas com funcionalismo.
Em setembro do ano passado, a prefeitura publicou um decreto para reduzir despesas, que não surtiu efeito: os gastos com pessoal subiram de 51,94%, em agosto, para 52,77%, em dezembro. Uma reunião da Secretário de Governo na próxima semana vai discutir as medidas.