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Empresa de raio-X alega calote da prefeitura e suspende serviço
Pacientes são obrigados a procurar outros meios para exame
A crise na saúde de Ribeirão Preto se agravou com a paralisação dos funcionários da empresa SPX Serviços de Imagem, responsável por exames de raio-X em três UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde). Quem procura pelo serviço, é obrigado a recorrer a outro meio.
Os 19 funcionários estão sem receber o salário há dois meses e a empresa alega que não recebe o pagamento da prefeitura há 90 dias.
Segundo o supervisor da empresa em Ribeirão, Franco Ângelo Chagas, a administração municipal informou a SPX que deve pagar na sexta o serviço referente a novembro.
O calote na empresa é de cerca de R$ 400 mil."Vamos ficar parados até recebermos nosso salário. Não dá para trabalhar de graça por mais tempo", afirmou Chagas.
A prefeitura informou que a falta de pagamento não justifica a paralisação (leia mais nesta página).
A empresa faz exames de raio-X nas UBDSs Central, Quintino Facci 2 e Castelo Branco. No total, são cerca de 5.000 exames por mês.
Essa foi a segunda vez que os funcionários cruzaram os braços em protesto contra a falta de pagamento.
No mês passado, as atividades foram suspensas por três dias, com o objetivo de pressionar o Executivo.
A empresa protocolou ofício na prefeitura informando sobre a situação, mas não obteve nenhuma resposta.
CONSULTAS SUSPENSAS
A paralisação engrossou a greve de técnicos de enfermagem, odontologia e farmácia, que protestam contra o não cumprimento de um acordo que reduz a carga horária para 30 horas semanais.
De acordo com Wagner Rodrigues, presidente do Sindicato dos Servidores, as consultas agendadas estão sendo remarcadas.
A greve levou alguns médicos a paralisarem o atendimento por considerarem que não havia condições de realizar consultas sem os auxiliares técnicos.
O secretário municipal da Saúde, Stenio Miranda, afirmou que a pasta identificou ao menos cinco médicos que pararam as atividades ontem, e quatro, anteontem.
