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Ribeirão

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Trânsito 'empurra' comércio para bairros

Tráfego caótico no centro impulsiona vendas de salas em torres comerciais em áreas residenciais de Ribeirão Preto

Clientes apontam que a falta de segurança também é levada em consideração na hora de mudar negócio de local

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

O crescimento do número de furtos e roubos e o trânsito cada vez mais complicado em Ribeirão Preto têm impulsionado o lançamento de empreendimentos comerciais em bairros predominantemente residenciais.

Segundo os envolvidos no mercado, a oferta cada vez maior de unidades localizadas em grandes estruturas com salas para empresas, escritórios, consultórios ou destinadas a negócios se deve à busca por locais com melhor acesso e mais segurança.

Uma pesquisa encomendada pela imobiliária Fortes Guimarães e realizada pelo instituto Singullar, especializado em formatar dados de consultoria para o setor imobiliário, mostra a tendência.

Segundo o instituto, 14 empreendimentos de grande porte foram lançados desde 2007 na cidade, sendo 11 só na zona sul --região que registrou crescimento expressivo nos últimos anos.

O boom foi registrado em 2010, quando seis prédios foram lançados. Como esses edifícios estão sendo entregues agora --40 meses depois--, o mercado já se movimenta para oferecer novas opções, pois há bons resultados de vendas.

Das 3.246 unidades disponibilizadas para comercialização nesses 14 prédios, chamados de "office towers", quase 85% foram vendidas, pressionando construtoras e incorporadoras a retomarem investimentos. Só no primeiro semestre de 2014, há previsão de mais dois lançamentos (leia texto nesta página).

De acordo com o coordenador do estudo, Laércio Ferreira da Silva, economista, o ribeirão-pretano, a exemplo do que ocorre nos grandes centros, está procurando trabalhar perto de onde mora.

São médicos, advogados, empresários, industriais, consultores, autônomos e profissionais que têm a possibilidade de montar seus negócios para atendimento em qualquer lugar da cidade.

"Hoje, as pessoas querem perder menos tempo no trânsito", disse Silva. "Assim, sobra mais tempo para fazer exercícios, ficar com a família, para o lazer. A busca é por melhor qualidade de vida."

José Roberto Geraldine Júnior, coordenador do curso de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Barão do Mauá, disse que o movimento de empreendimentos comerciais para áreas residenciais é reflexo do cenário caótico da área central.

Sócio da FG/Agro, William Hernandes, 29, disse que a empresa mudou de lugar em novembro de 2012 --saindo de uma casa na Ribeirânia para um edifício no Jardim Botânico-- para proporcionar mais segurança aos funcionários e por ficar num local mais perto das casas deles.

"Ficou mais fácil para chegar ao trabalho. Gasto três minutos para estar na empresa. Facilitou para todo o mundo", disse. Segundo ele, veículos foram furtados nas proximidades da antiga sede.


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