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Ribeirão

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Prefeitura pede que morador racione água

Objetivo é economizar recurso para abastecer regiões que sofrem com falta d'água independentemente do clima

Administração alega que consumo cresceu 38% no município com a estiagem prolongada do verão

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Para amenizar a crise da falta de água em Ribeirão Preto, o Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) pediu ontem para que a população faça um racionamento por conta própria.

A meta é que haja 20% de contenção, para que bairros com problemas crônicos no abastecimento, como Ipiranga e Quintino Facci 1, recebam água.

De acordo com o diretor técnico do Daerp, Ivo Colichio, diariamente a cidade consome e produz 410 milhões de litros de água.

"Não faz sentido produzir mais", afirmou Colichio. Segundo ele, houve aumento no consumo de 38% por causa do forte calor.

Para Ana Niemeyer Pires Ferreira, especialista em recursos hídricos da ANA (Agência Nacional de Águas), no entanto, a falta de água na cidade poderia ser menor se a autarquia tivesse um sistema de reserva.

"[Pedir economia] É uma maneira política de resolver o alto consumo, mas não acaba com o problema da falta de água", disse Paulo Finotti, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo.

Isso porque, segundo ele, a maior parte dos poços artesianos de Ribeirão Preto não são interligados. "Se faltar água na zona sul, não será problema da zona leste."

A aposentada Francisca Alves de Almeida, 64, disse que desde 2013 sofre com o problema do desabastecimento. Moradora do Ipiranga, ela e a família armazenam água em garrafas e tambor.

"É uma situação difícil. Não dá para se acostumar a viver dessa forma, mas não tem outro jeito", disse.

Segundo Finotti, a falta de água em Ribeirão é um problema institucional, mas é preciso que a população se conscientize sobre o uso.

Ontem, por exemplo, a Folha flagrou donas de casa lavando calçadas no bairro Monte Alegre. Segundo ele, a área de recarga do aquífero Guarani, que abastece a cidade, está com nível baixo.

O Daerp descartou adotar racionamento de água, medida que já é adotada em sete cidades da região (leia texto nesta página).

No entanto, para Finotti, o racionamento poderá ser necessário caso a seca persista por mais tempo.

Colichio, do Daerp, também pediu para que a população conserte vazamentos.

"Recebemos cerca de 70 solicitações da população para consertos de vazamentos todos os dias", afirmou.

A partir da próxima segunda-feira, cerca de 200 mil panfletos de uma campanha para economizar água serão distribuídos nas residências de todos os bairros.

Também serão instalados cartazes em ônibus e os alunos das escolas municipais receberão orientações sobre a seca intensa de Ribeirão.


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