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Ribeirão

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Barretos lidera rankings de estupros, furtos e agressões

Moradores relatam onda de crimes em bairros de classe alta e zona rural

Polícia afirma que maioria de agressões são brigas de bar ou entre familiares e que a cidade é tranquila

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Cidade de 117 mil habitantes com economia voltada para o setor agropecuário, Barretos lidera os rankings de estupros, furtos e agressões (lesão corporal dolosa) por cem mil habitantes no Estado.

Em 2013, a cidade registrou 65 casos de estupro, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Apesar de o número representar uma queda de 7% em relação a 2012 (com 70 casos), Barretos fechou o ano com um índice de 55 casos por cem mil habitantes, praticamente o dobro da média do Estado, de 28 por cem mil.

O chefe da delegacia secional de Barretos, Edson João Guilhem, afirmou que a maioria dos casos é de abusos sexuais cometidos entre familiares, tendo menores de idade como vítima. Guilhem disse que não há registro em 2013 de mulheres atacadas e forçadas ao ato sexual.

Em 2009, uma mudança na legislação passou a classificar como estupro diversos tipos de violência sexual, e não só a realização forçada do ato.

Segundo o delegado, a ação da rede de assistência social do município faz com que os crimes sejam comunicados à polícia, o que pode ter elevado a estatística.

Os moradores de Barretos relatam, ainda, uma onda de furtos e roubos a residências em bairros de classe alta, como o City Barretos e o bairro Aeroporto, e que atinge também a zona rural.

Os crimes levaram o sindicato dos produtores rurais a contratar uma empresa para fazer o mapeamento por satélite de todas as propriedades da região. Os dados serão passados à PM, para facilitar a chegada dos policiais e o cerco aos bandidos nas ruas de terra em meio a canaviais.

"Aumentou a renda da população em Barretos e os ladrões estão de olho", afirmou o diretor do Sirvarig (Sindicato Rural do Vale do Rio Grande) Ênio Rodrigues, 67.

MOTIVOS

Na cidade, o número de furtos às casas é explicado pelo consumo de drogas, segundo o Conselho Comunitário de Segurança.

Guilhem afirmou que a maioria dos furtos é de bens com valor inferior a R$ 1 mil e que é muito significativa a participação de menores.

O secretário da Ordem Pública, André Luiz Silva, disse que a prefeitura pretende criar uma Guarda Municipal, mas ainda avalia o impacto no Orçamento.

O delegado do 3º DP, Antônio Augusto Leite Torres de Miranda, afirmou que a maioria das agressões são brigas de bar ou entre familiares, quase sempre tendo no contexto o uso de drogas ou álcool. "A gente não vê briga na porta de igreja", disse.

Segundo Guilhem, apesar das estatísticas, Barretos é uma cidade tranquila. "Em que pese o índice por 100 mil habitantes, [o número de crimes] não é nada que cause sensação de insegurança."


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