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Cultura vira nova crise do governo Dárcy

Conselho Municipal publica carta de repúdio em que acusa gestão de 'autoritarismo' e de promover 'retrocesso'

Prefeitura informou que atraso em projeto é de responsabilidade do governo federal e que há projetos para setor

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Um sucessão de projetos não concretizados pela prefeitura abriu uma nova crise no governo Dárcy Vera (PSD), desta vez com o setor cultural de Ribeirão Preto.

O Conselho Municipal da Cultura aprovou na última reunião, na terça-feira, uma carta de repúdio à gestão cultural da prefeita e do secretário da pasta, Alessandro Maraca. No texto, o governo é classificado como "autoritário" e acusado de promover "retrocesso" na área.

Quatro pontos são o principal alvo da reclamação do setor. Um deles é a perda de uma verba de R$ 3,6 milhões para construir uma biblioteca-parque na área da antiga fábrica da Cianê (Companhia Nacional de Estamparia), na zona norte da cidade, ainda no ano passado.

Os outros três são a não renovação com o Ministério da Cultura de convênio para a manutenção de dez pontos de cultura, a não publicação de edital do PIC (Programa de Incentivo Cultural), que financia projetos culturais, e o cancelamento do desfile das escolas de samba.

A prefeitura informou que a cobrança do conselho é excessiva e injusta, e que os conselheiros já foram informados sobre os problemas (leia texto nesta página).

É o quarto setor do governo Dárcy a sofrer pesadas críticas neste ano, depois de crises vividas na educação, na saúde e nas contas públicas.

Após extrapolar o limite prudencial de gastos com o funcionalismo municipal fixado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), a prefeitura teve dificuldades para garantir o número mínimo de professores para o início do ano letivo e enfrentou protestos da categoria.

Servidores da saúde também foram ao Legislativo e à sede da prefeitura protestar pelo adiamento na redução da jornada de técnicos de enfermagem e odontologia, o que resultou numa greve que durou 12 dias neste mês.

"Há uma falta de vontade política, de orçamento e de prioridade", afirmou ontem a presidente do conselho, Luciana Rodrigues.

O secretário municipal da Cultura, Alessandro Maraca, afirmou que o atraso nos pontos de cultura é de responsabilidade do Ministério da Cultura e que os outros itens contestados pelo setor foram esclarecidos.

EMPENHO

O conselheiro Flávio Racy afirmou que o primeiro ano da gestão Maraca, que assumiu a pasta em 2013, representou um retrocesso nas políticas culturais.

"Seria injusto creditar o retrocesso somente ao secretário Maraca. A prefeitura mesmo nunca foi verdadeiramente empenhada em promover a cultura de forma democrática e acessível à população nem em manter diálogo com o movimento cultural", afirmou o conselheiro.


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