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Servidor pede aumento de 16% e põe governo diante de nova crise

Com reajuste, Dárcy pode estourar limite de gastos com pagamento

DE RIBEIRÃO PRETO

O governo de Ribeirão Preto enfrenta uma nova disputa com servidores municipais, que pode agravar ainda mais a crise financeira vivida pela administração da prefeita Dárcy Vera (PSD).

O Sindicato dos Servidores Municipais entrega hoje a pauta de reivindicações da categoria. Entre os pedidos está reajuste salarial de 16%.

O aumento, se concedido, faria a prefeitura ultrapassar o teto de gastos com pagamento de pessoal da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), ou seja, ultrapassaria os 54% do orçamento só com salários do funcionalismo público.

Acima desse patamar, o município fica proibido de receber repasses do governo federal e estadual, se não reduzir os gastos.

O limite legal seria ultrapassado mesmo se fosse concedido reajuste com base na inflação do período (5,59%).

Caso não conceda o aumento, a prefeitura pode ter que enfrentar o desgaste político de mais uma greve.

Ontem, após uma cerimônia na prefeitura, Dárcy disse que "está tudo sob controle" em relação à situação fiscal do município, mas não quis dar detalhes sobre quais medidas serão adotadas.

"Os trabalhadores estão tão irritados que deixaram claro que se não tiver proposta [de reajuste] da prefeitura, vai ter greve", disse o presidente do sindicato, Wagner Rodrigues.

Para o sindicalista, a administração precisa demitir servidores comissionados (contratados por indicação) para reduzir gastos com pessoal.

Ontem, o secretário da Fazenda, Sérgio Nalini, afirmou que não falaria sobre a crise nas finanças municipais.

Por meio de nota, a assessoria informou que a prefeitura só se manifestará após receber a pauta de reivindicações do sindicato.

Em janeiro, o governo Dárcy Vera atingiu o índice de 52,77% da receita municipal utilizada para o pagamento de servidores. Ribeirão está a R$ 19,6 milhões de atingir o teto de 54% da LRF.

Um aumento de 5,59% na folha de pagamento provocaria um impacto anual de R$ 33 milhões.

"A prefeitura não fez a lição de casa", disse a vereadora Gláucia Berenice (PSDB), que é da oposição.

BOM PRATO

A prefeita aproveitou o anúncio do projeto de um terminal de ônibus na região central de Ribeirão Preto, ontem, para lançar o que chamou de "campanha" para a instalação de uma unidade do Bom Prato no HC (Hospital das Clínicas), no campus da USP (Universidade de São Paulo) na cidade.

O restaurante fornece refeições a R$ 1.

Segundo Dárcy, como as camisas da campanha ainda não ficaram prontas, ela usou durante a cerimônia, preso à blusa, um pequeno cartaz' com a frase "Queremos o Bom Prato no HC/Campus".

Por meio de nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Governo do Estado, responsável pelo programa, informou que a implantação do restaurante depende da indicação de um prédio para a instalação da unidade.


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