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Ribeirão

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Deficit faz região pedir 88 médicos ao governo federal

Baixos salários e falta de oferta deixam prefeituras com problemas no setor

Expectativa das administrações é que os primeiros médicos cheguem a partir de amanhã às cidades

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Mesmo não sendo alvo prioritário do programa Mais Médicos, prefeituras da região de Ribeirão Preto apelaram ao governo federal para tentar aliviar o deficit de médicos na rede de saúde.

Foram pedidos ao menos 88 profissionais, para sete cidades, que devem começar a chegar aos municípios amanhã, de acordo com prefeituras da região.

As administrações municipais afirmam que há dificuldade em contratar por meio de concursos tradicionais por causa dos salários considerados baixos pela categoria e também devido à falta de oferta de profissionais no mercado regional.

As consequências são o aumento das filas de espera e morosidade no atendimento.

A região de Ribeirão Preto não é alvo do programa do governo federal, que tem como prioridade cidades com baixos índices de desenvolvimento. No programa, os médicos recebem uma bolsa no valor de R$ 10 mil custeada pelo governo federal.

A maior carência é na área de saúde da família, mas também faltam profissionais em especialidades como pediatria, endocrinologia, ortopedia e neurologia.

"Os médicos não querem assumir o serviço público. O grande problema hoje é a remuneração", disse o secretário da Saúde de Araraquara, Wilson Roberto Aravechia.

A média de salário pago pelas prefeituras é de R$ 5.000, para jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Batatais, por exemplo, tenta há três meses preencher vagas de neurologista e pediatra, mas não encontra interessados. "Os médicos acabam ganhando isso [salário oferecido pelas prefeituras] em três plantões que fazem em rede particular", afirmou o secretário de Batatais, Ramon Oliveira.

O problema se repete em Matão, que tem 90 médicos na rede e pediu 18 profissionais. "Fizemos vários concursos públicos, mas não houve interesse dos médicos", afirmou a secretária da Saúde da cidade, Mara Caparelli.

Para o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), além dos salários os profissionais rejeitam o serviço público também pela falta de estrutura, como equipamentos, leitos e ambulâncias.

De acordo com o delegado superintendente do Cremesp regional Angelo Mario Sarti, faltam investimentos na saúde básica do país, na valorização dos profissionais e também na formação de médicos.


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